quarta-feira, 3 de julho de 2013

Comissão da Verdade promove audiência pública sobre as Ligas Camponesas em Sapé

 
A Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória, em parceria com a Comissão Nacional da Verdade (CNV), promove, no próximo dia 15 de julho, em Sapé, uma audiência pública para ouvir depoimentos de trabalhadores rurais e lideranças ligados às Ligas Camponesas. O movimento organizado por camponeses, em defesa da reforma agrária, sofreu repressão do regime militar na década de 1960.
A Comissão Estadual da Verdade, em reunião nessa terça-feira (2), discutiu a organização da audiência pública que terá as presenças de integrantes da Comissão Nacional da Verdade e da deputada federal pelo estado de São Paulo, a paraibana Luíza Erundina. A parlamentar coordena a Subcomissão Especial de Acompanhamento da Comissão da Verdade na Câmara dos Deputados.
A audiência terá depoimentos pela manhã e à tarde. O local está sendo definido. Pessoas da cidade de Sapé, parentes de vítimas e militantes que tenham sido torturados pela ditadura militar poderão se inscrever e prestar depoimento aos integrantes das duas comissões da Verdade.
Audiências - O presidente da Comissão Estadual da Verdade, professor Paulo Giovani Nunes, adiantou que mais duas audiências públicas estão programadas. Uma vai acontecer em Campina Grande e vai ouvir pessoas torturadas na cidade. Uma outra audiência vai ouvir estudantes paraibanos que foram presos no 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), no município de Ibiúna, em Minas Gerais, em outubro de 1968.
Site - Neste mês, vai ser lançado o site da Comissão Estadual da Verdade e da Memória da Paraíba. A página está sendo finalizada e será uma ferramenta onde os internautas poderão acompanhar todo o trabalho da comissão e também colaborar com informações e envio de documentos relacionados às pessoas perseguidas após o golpe de 1964.
Os integrantes da Comissão Estadual da Verdade, instalada no dia 11 de março deste ano, se reúnem quinzenalmente na Casa Civil, 7º andar do antigo prédio do Paraiban, na Avenida Epitácio Pessoa, em João Pessoa. A Comissão foi criada pelo governador Ricardo Coutinho por meio do Decreto nº 33.426/12 e tem a missão de investigar crimes de violação dos direitos humanos praticados por agentes públicos contra paraibanos, durante a ditadura militar.
A Comissão Estadual – O grupo é constituído por sete participantes: Paulo Giovani Antonio Nunes, (presidente); João Manoel de Carvalho; Irene Marinheiro; Lúcia Guerra de Fátima Ferreira; Iranice Gonçalves Muniz; Fábio Fernando Barbosa de Freitas e Waldir Porfírio. Nomeados pelo governador Ricardo Coutinho, os integrantes têm mandato de dois anos. 

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