domingo, 1 de novembro de 2015

Charlley Luz - Entrevista sobre o livro Primitivos Digitais

Charlley Luz
Charlley Luz é arquivista, professor da pós-graduação em gestão de documentos da FESPSP e consultor em estratégia de informações e ambientes digitais da Feed Consultoria. Autor dos livros Arquivologia 2.0, A informação Digital Humana e Primitivos Digitais, Uma abordagem Arquivística, recentemente lançado.

O que te motivou a escrever o seu novo livro, Primitivos Digitais?
Resolvi escrever um livro que mostra como encarar novas tecnologias e técnicas com uma abordagem arquivística. Enquanto as novas gerações já nascem sabendo utilizar de forma intuitiva as ferramentas digitais, nós que aqui chegamos antes, precisamos compreender como abordar isso. Obviamente que a abordagem serve também para a nova geração, afinal é um diálogo sobre o que está acontecendo hoje e a área da arquivologia. Enquanto a geração internet nativa assume seus postos, seguimos nós, profissionais da informação, arquivistas e bibliotecários, responsáveis em organizar e preservar este volume imenso de informação que ultrapassa os terabytes diários.

E de que novas tecnologias você fala?
O livro tem três grandes partes, na primeira chamada “Nosso Primitivismo”, falo um pouco do contexto e se seremos lembrados no futuro. Produzimos com nossas ferramentas tecnológicas, ainda em evolução, os documentos que serão observadas no futuro como os registros de uma época. Quão primitivos iremos parecer? A resposta pode gerar algum temor, mas a preocupação é o combustível para fazermos o melhor que pudermos para que as diversas predições negativas sejam negadas quando o futuro chegar. Na segunda parte do livro, “Mapas e Estruturas”, abordo a curadoria da Informação Digital, a Arquitetura da informação, falo da evolução da estrutura da informação e chego a relacionar a taxonomia com a Inteligência Artificial. Acabo, então, na terceira parte do livro chamada “Ferramentas e Tecnologias” falando um pouco de inovação tecnológica e temas como Big Data, gestão do conhecimento e do conteúdo. Falo também das mídias sociais e ferramentas da web, redes segmentadas e até de aplicativos para Smartphones.

Você acha o que o livro acrescenta nas pessoas, nos profissionais da informação e arquivistas?

O livro desafia o leitor acostumado aos documentos tradicionais a encarar a nova etapa informacional da humanidade, baseada em plataformas digitais. É uma ajuda para quem quer entender os tempos atuais. Obviamente não consigo abordar todos os temas completos, mas o exercício da abordagem arquivística também mostra caminhos que podemos começar a exercitar na academia e em nossos locais de trabalho. O posfácio de Vanderlei Batista dos Santos também é muito interessante, pois consegue fazer um grande resumo de tudo que expus e leva, para a área e de forma direcionada, a discussão proposta.


Agradeço a disponibilidade de sempre em colaborar com o projeto Olhar Arquivístico e desejo muito sucesso em sua nova publicação.
João Paulo ( Editor do Olhar Arquivistico)

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