sábado, 23 de fevereiro de 2013

Projeto de arquivamento vai garantir a memória e a história da Fapeal


A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) já colhe os frutos da adoção de uma política sistemática de formação para seus recursos humanos. Em 2012, ocorreram 153  oportunidades de qualificação de funcionários, entre viagens técnicas, capacitações e cursos, num investimento de R$ 240.983,73. Foram beneficiados 40 servidores.
Um exemplo prático do retorno deste tipo de investimento é o caso da assessora técnica Maria Luiza de Almeida. Sua função é gerar e arquivar os processos científicos da Fapeal, a partir do momento em que os projetos de pesquisa são aprovados, passando pela confecção dos termos de outorga de bolsas individuais, cujo produto final são as monografias, teses e dissertações, a serem arquivadas física e eletronicamente. Esse trabalho é inédito na Fapeal e vai garantir a memória e a história da Fundação, através dessa nova atividade da assessora técnica.
Após ter a oportunidade de fazer um curso na área de gestão de documentos públicos, no Rio de Janeiro, em agosto do ano passado, e um de estruturação de bibliotecas virtuais, em dezembro, na Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), Luiza, como é conhecida, teve a iniciativa de elaborar um projeto voltado para a implantação de um centro de documentos na Fapeal.
Servidora da Fundação desde 1994, após as experiências no Rio e em São Paulo, ela explica que o atual arquivamento da Fapeal está correto, mas ainda peca em economia de espaço e na segurança documental, que apenas o método de microfilmagem pode garantir.
Para a presidente da Fapeal, Janesmar Cavalcanti, o caso de Luiza é exemplar. “Não basta só espírito de equipe: nossos servidores precisam de qualificação técnica específica, que deixe claro para eles qual é a atividade fim da Fapeal e o papel de cada um, além de permitir que tomem iniciativas, como a de Luiza, que trarão muitos ganhos para a gestão da Fundação”, declara.
Aposentada por tempo de serviço desde fevereiro de 2012, Luiza diz que gostaria de trabalhar na Fapeal por mais 10 anos, tempo suficiente para estruturar seu projeto na realidade e treinar sucessores arquivistas, com a visão de transformar a Fapeal em um órgão modelo no Estado em relação ao produto final: “A gente acha que papel não tem valor, mas tem. Tudo que a Fapeal gera é história”, comenta a respeito das contribuições de cada pesquisador.
Sobre o estímulo à formação continuada, a funcionária acrescenta: “Antes, eu não tinha oportunidades, eu só trabalhava. Agora sim, me deram uma oportunidade de atender ao meu desejo de quando sair da Fapeal, deixar o fruto do meu trabalho”.

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