segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Arquivo Público do PI passa por dificuldades para conservação


Um lugar que guarda importantes momentos da nossa história, passa atualmente por dificuldades. O Arquivo Público do Piauí existe há 103 anos e conserva relatos, como o da Revolta da Balaiada no século XVIII, do período imperial até os dias de hoje.
O prédio, que estava há 20 anos sem reforma, passou recentemente por uma obra, onde todo o teto foi modificado, já que documentos chegaram a ser danificados por goteiras durante o período chuvoso.
Algumas máquinas utilizadas para a encardenação de documentos chegam a ter 100 anos (Foto: Catarina Costa/G1)Algumas máquinas utilizadas para a encardenação de documentos chegam a ter 100 anos (Foto: Catarina Costa/G1)
Para o diretor da Casa, Luter Gonçalves, a reforma foi positiva, mas outros problemas até agora nunca foram solucionados "As minhas maiores preocupações são a falta de profissionais e equipamentos para conservação dos documentos. Temos 21 funcionários, sendo que o mais novo tem 26 anos de casa. Já com relação às máquinas utilizadas para a encadernação, elas têm 100 anos", destaca.
Luter Gonçalves mostra sala com documentos que estão a espera de encadernação (Foto: Catarina Costa/G1) 

Luter Gonçalves mostra sala com documentos que
estão a espera de encadernação (Foto: Catarina
Costa/G1)
Segundo ele, muitos dos recursos destinados ao Arquivo Público são barrados na Secretaria de Administração e que os próprios funcionários tiram dinheiro do bolso para compras de materiais utilizados no trabalho. "O ideal é que nós funcionassemos como um órgão independente, que prestasse contas assim como os demais, para que pudessemos ter verba adicional para contratação de estagiários. Porque fico com medo de quando os funcionários começarem a se aposentar. Como fica o Arquivo?", revela o diretor.
Luter Gonçalves conta que por lei é obrigado a receber os documentos de todos os órgãos do estado, já que a Casa Anísio Brito funciona como uma instituição central de armazenamento. No entanto, para que isto aconteça, é necessário investimento. "Precisaríamos ter uma pessoa somente para a catalogação destes documentos. Durante a reforma construímos uma sala de preservação, com todas as normas exigidas para a conservação de materiais importantes, mas ela nunca foi utilizada por falta de equipamento", pontua.
O Arquivo Público do Piauí recebe diariamente cerca de 60 pessoas, entre alunos, professores, pesquisadores e universitários. Ele funciona na Casa Anísio Brito, localizada na Rua Coelho Rodrigues, nº 1016, Centro de Teresina, no horário das 8h às 18h.

Arquivo atrai alunos, professores, pesquisadores e universitários (Foto: Catarina Costa/G1)Arquivo atrai alunos, professores, pesquisadores e universitários (Foto: Catarina Costa/G1)

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