A iniciativa foi organizada pelos
estudantes do 7° período (noite), em cumprimento às atividades do
componente curricular “Estágio Supervisionado”, sob a coordenação da
professora Esmeralda Porfírio Sales que, além de ministrar a disciplina,
é coordenadora de estágios do curso de Arquivologia.
A coordenadora geral de estágios da
UEPB, professora Núbia do Nascimento Martins mostrou um panorama do
estágio na Instituição, principais dificuldades encontradas, demandas
crescentes e orientou os estudantes sobre procedimentos a serem adotados
para a prática do aprendizado profissional.
Segundo a docente, a UEPB conta,
atualmente, com cerca de 3 mil estagiários atuando nas mais variadas
áreas. Todas as atividades são acompanhadas pela coordenação de
estágios, vinculada à Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, que também
atua na celebração de convênios que amparam os campos de estágios.
Para o coordenador do Bacharelado em
Arquivologia, professor Washington Medeiros, na vertente pedagógica é
preciso suscitar uma discussão a respeito do espírito do estágio como
possibilidade do exercício daquilo que se aprende em sala de aula. E do
ponto de vista acadêmico e administrativo, podem ser discutidas as
múltiplas dúvidas e os encaminhamentos necessários para o exercício
formal.
“Uma questão que nós do curso de
Arquivologia nos orgulhamos muito é que há uma grande demanda de
estágios nessa área no nosso estado. Nesse sentido, eventos como esse
são de fundamental importância na medida em que orientam os estudantes
sobre as políticas de estágio na Instituição e provocam uma reflexão
sobre o papel do estagiário nas instituições”, avaliou o professor.
Na oportunidade, ele apresentou uma
pesquisa, do ano de 2010, que foi fruto do Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC) da estudante Priscila Zelo de França, orientada pelo
docente, intitulada “(Dis)funções entre teoria e prática: necessidades
informacionais de sujeitos sociais em campo de estágio profissional”, na
qual foi feito um relato sobre a situação do estágio no curso de
Arquivologia.
A estudante do 5° período do curso de
Arquivologia, Daysiane Mendes, que atua como estagiária há um mês, diz
que aproveita a oportunidade para complementar os conhecimentos
aprendidos em sala de aula e procura fazer o melhor possível
vislumbrando uma futura contratação.
O estágio no Brasil
Dados do Censo 2009 do Inep/MEC apontam
que no Brasil existem 8.337.160 matriculados no ensino médio e 5.080.056
no nível superior. Somente 9% dos jovens entre 18 e 24 anos ingressaram
em uma faculdade. Porém, desses 13,4 milhões, somente 6,7 % conseguem
estagiar.
O maior número de ofertas é para
estudantes de Administração de Empresas, Comunicação Social e
Informática. No entanto, faltam estagiários de Engenharia, Estatística,
Matemática, Biblioteconomia, Economia, Secretariado-Executivo e Ciências
Contábeis. Nesses casos, as empresas oferecem para os jovens talentos
as bolsas-auxílio mais altas.
Desde 2008, com a sanção da lei 11.788,
muitas empresas precisaram adaptar seus programas de estágio. Com um
perfil mais restritivo, a nova legislação estabeleceu parâmetros mais
claros do que deve ser e como deve ser a atuação do estagiário nas
organizações.
De acordo com o texto da lei estágio é
ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos
que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação
superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação
especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos.
Além disso, a lei regulamenta a carga
horária dos estágios, os deveres da instituição de ensino, da parte
concedente e do estagiário, prevê a fiscalização quanto ao cumprimento
da norma, entre outras questões.
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