Brasil precisa tornar portais mais acessíveis.
A
inclusão digital esteve em debate na CIAB Febraban na quinta-feira
(21). O secretário Delfino Natal de Souza, do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão apresentou as medidas do Governo
Federal para melhorias no acesso de deficientes físicos às plataformas
digitais.
O e-MAG (Modelo de Acessibilidade de Governo
Eletrônico), promete que portais e sítios do governo brasileiro estejam
de acordo com a lei de acesso à informação (12.527/11), que garante aos
deficientes físicos os mesmos direitos que os não-deficientes.
Aos poucos as páginas do Governo Federal estão
sendo adaptadas aos portadores de necessidades especiais. Em 2010, em
média 98% das páginas não eram acessíveis, em dois anos o percentual
diminuiu em 5%, as mudanças são imprescindíveis para a inclusão digital.
Uma pesquisa do W3C – World Wide Web Consortium,
apresentada por Karen Myers, líder de desenvolvimento de negócios,
mostra que deficientes representam 24% da população brasileira e apenas
2% das páginas da web são acessíveis a esse público.
Para Liliane Vieira Moraes, deficiente visual e
Analista em Ciência e Tecnologia do CNPq, muitos portais vendem
acessibilidade, mas pecam em detalhes. “Alguns sites incluem imagens sem
legendas e opções de “clique aqui” coloridas, sem informação nos botões
e isso impossibilita que muitos deficientes visuais tenham acesso
completo ao conteúdo. O Brasil ainda melhorar a comunicação em sites e
televisão, para isso é necessário aproximação das organizações com a
causa”, conclui Liliane.
Para Karen, as nações estão abertas a mudanças e em
2007 uma iniciativa do Comitê Gestor da Internet (CGI) trouxe a W3C
para o Brasil e, consequentemente o WCAG, uma ferramenta já adotada por
algumas instituições que certifica a acessibilidade de portais. A líder
de desenvolvimento de negócios explica que para uma página se tornar
inclusiva é preciso ter percepção para entender a necessidade do
portador de deficiência, pensar na navegabilidade, ensinar o usuário a
preencher dados em formulários e tornar toda forma de conteúdo
acessível.
De acordo com Sidinei Rossoni, gerente executivo da
Caixa Econômica Federal, o site do banco já possui ferramentas para
atender deficientes físicos por meio do site com tecnologia assistiva e
de um software que traduz as informações para libras. “Conseguimos
adaptar nossos serviços de web para atender os deficientes e cumprir
questões de acessibilidade”, garante. A instituição também anunciou que a
próxima medida será o lançamento do extrato bancário impresso em
braile.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário!