sábado, 29 de setembro de 2012

Lei de Acesso à Informação do Brasil supera a dos EUA e da Suécia


Na data em que se comemora o Dia Internacional do Direito de Saber, duas ONGs, uma canadense e outra espanhola, divulgaram um estudo em que a Lei de Acesso à Informação do Brasil aparece em 14º lugar entre leis de 93 países avaliados. No ranking, a lei brasileira aparece com 110 pontos num total de 150 e fica à frente do Chile e Nova Zelândia (ambos com 93 pontos), dos Estados Unidos (89 pontos) e da legislação da Suécia, que existe desde 1866 (95 pontos). A legislação campeã é a da Sérvia, com 135 pontos.
Desde 2002, quando foi criado na Bulgária, o Dia Internacional do Direito de Saber é comemorado em mais de 60 países. Para comemorar a data, as duas ONGs publicaram nesta sexta-feira a atualização de uma análise comparativa dos instrumentos jurídicos relativos ao acesso à informação em diversos países. Segundo informações do site Contas Abertas, o estudo é realizado há dois anos e leva em consideração não só as leis, mas também os instrumentos legais relacionados de cada país.
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, considera interessante ver como o Brasil subiu do 33º lugar, no ano passado, para o 14º neste ano.
- Do total possível de 150 pontos, tínhamos 94 e hoje temos 110, por esse ranking, o que mostra o considerável avanço feito pelo nosso país em apenas um ano, ao aprovar a Lei de Acesso.
Hage diz ainda que é preciso notar que esse ranking leva em conta apenas os aspectos legais-formais (ou seja, o que está previsto na lei do país), não avaliando a implementação prática do direito ao acesso.
- Por isso, talvez, se explique a ausência, que me chama a atenção, de países com democracias consolidadas e grande tradição no acesso à informação, como os Estados Unidos e o Reino Unido, por exemplo, e a presença, nos primeiros lugares, de países como Sérvia, Libéria, El Salvador, Etiópia e Nicarágua. Sem qualquer crítica a eles, mas certamente não têm a mesma tradição democrática e de abertura dos que mencionei - afirma o ministro.
Questionado se considera forte a nossa Lei de Acesso à Informação, o ministro disse que sem dúvida nossa lei é uma das mais modernas e completas do mundo, inclusive porque nós aproveitamos as experiências de outros países. Segundo ele, tem sido assim reconhecida e muito elogiada, nos foros internacionais, inclusive no evento do quel ele participou na quarta-feira, em Nova York, para celebrar o 1º aniversário da Open Government Partnership (OGP), com a presença de lideranças de diversos países, dentre eles o Primeiro Ministro David Cameron.
Sobre os pontos mais fortes da lei, Jorge Hage considera o fato de ela ser de grande abrangência.
- Alcança os três poderes e os três níveis federativos. Outro ponto forte é sua radicalidade: a regra é a abertura; o sigilo é a exceção; e como toda exceção, estas situações devem ser interpretadas restritivamente. Por exemplo: disso é que decorreu a publicação das remunerações de todos os agentes públicos, desde a presidente Dilma até o mais modesto servidor, o que poucos países do mundo fazem.
Para Hage, um ponto inovador da lei brasileira, e que tem sido muito elogiado, é a inclusão de princípios de dados abertos como critérios orientadores da publicação proativa de informações. Também outro ponto fortíssimo é o rigoroso regramento para o pronto atendimento dos pedidos de acesso: o servidor tem apenas 20 dias para responder , prorrogáveis por mais dez. E tem a obrigação de indicar como e para quem o solicitante pode recorrer se não ficar satisfeito.
Quanto aos pontos fracos, o ministro diz que é o fato de não ser diretamente aplicável, em todos os seus aspectos, aos estados e municípios, deixando uma margem de decisão para eles.
- Mas essa é uma contingência do sistema federativo.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/lei-acesso-%C3%A0-informa%C3%A7%C3%A3o-brasil-supera-dos-eua-223255600.html

CGU: Lei de Acesso à Informação tem 36 mil consultas em 4 meses

A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou na quinta-feira que 35.931 solicitações foram feitas com base na Lei de Acesso à Informação desde que ela está em vigor, no dia 16 de maio de 2012. O tempo médio de resposta dos órgãos do Executivo tem sido de dez dias.
Desses, 33.111 já foram respondidos, o que representa 92,15% do total. Os demais estão sendo analisados. Dos respondidos, 85% atenderam positivamente aos pedidos, enquanto 2.833 (8,56%) foram negados. Os restantes 2.132 (6,44%) não puderam ser atendidos por não tratarem de matéria da competência legal do órgão demandado ou pelo fato de a informação não existir.
Segundo a CGU, os órgãos mais acionados foram a Superintendência de Seguros Privados (Susep), com 4.432 pedidos, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com 2.586, e o Banco Central do Brasil, com 1.466.
Para Vânia Vieira, diretora de Combate à Corrupção da CGU, o resultado atual é extremamente positivo e tem superado as expectativas da CGU. "A Lei de Acesso à Informação é revolucionária e dá um importante passo para aconsolidação do regime democrático brasileiro, na medida em que amplia a participação cidadã e fortalece os instrumentos de controle da gestão pública".

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6188623-EI306,00-Lei+de+Acesso+a+Informacao+mil+pedidos+em+quatro+meses.html

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Arquivo Público resgata memórias da Ditadura em Sergipe

A iniciativa inédita é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e a Casa Civil da Presidência da República, coordenada pelo Arquivo Nacional.
O objetivo do projeto, patrocinado por diversas instituições como o Banco do Brasil e Petrobras, é organizar, preservar, informatizar e digitalizar os arquivos do aparato repressor do Estado de Sergipe – DOPS (1964 a 1985), composto de dossiês contendo fichas de acompanhamento individual e registros de interrogatórios.
Em Sergipe, foram identificados 793 dossiês de presos políticos que já estão disponíveis para consulta no Portal do ‘Memórias Reveladas’.  Através do site é possível ter acesso à lista completa dos dossiês que compõem o acervo do período de 1964 a 1985. A pesquisa pode ser feita clicando no link Banco de Dados, onde é possível escolher a instituição que deseja consultar e pesquisar o documento a partir de diversos critérios. O site conta com colaboração de diversas instituições e arquivos públicos de 15 estados e do Distrito Federal.
Assim que encontra o material desejado, o pesquisador pode conferir um resumo do conteúdo. Para ter acesso ao arquivo com o documento completo é preciso fazer uma solicitação ao Arquivo Público de Sergipe (APES). “Esse controle se faz necessário porque é preciso pedir autorização à família ou à pessoa citada no documento para que ele seja liberado para consulta”, explica o historiador e coordenador do projeto em Sergipe, Milton Barboza.
“Existem muitos pesquisadores de diversas áreas, daqui e de outros estados, que nos procuram para ter acesso a essa informação. Agora, não precisa mais o pesquisador vir até o Arquivo Público, basta consultar no site, conferir se tem o que procura, entrar em contato conosco e nós enviamos o documento digitalizado”, afirmou o coordenador do projeto.
Resgate
Milton conta que Sergipe foi o primeiro Estado a finalizar a primeira etapa do projeto, que consistiu na realização do levantamento desses documentos nas delegacias, através da Secretaria de Segurança Pública, do tratamento arquivista, digitalização e publicização na rede através do site.
Segundo o coordenador do projeto, Sergipe está preparado para receber a segunda etapa do ‘Memórias Revelados’, que será a criação do Centro de Referência das Lutas Políticas de Sergipe. O espaço funcionará no Arquivo Público e contará com um grande acervo de documentação desse período.
“Existem muitos documentos sobre a Ditadura espalhados pelo estado e nosso objetivo é recolher, identificar, tratar e digitalizar toda essa documentação que também ficará disponível para consulta online”, explicou Milton. Segundo ele, o acervo sobre esse período irá triplicar nesta segunda etapa do projeto.
O projeto ‘Memórias Reveladas’ coloca o APES no circuito nacional de pesquisa e preservação da memória política do país. Além disso, constitui um marco na democratização do acesso à informação. “Essa casa é um verdadeiro tesouro de informação e memória e através deste projeto estamos reforçando o nosso compromisso com a preservação, divulgação e acessibilidade da memória oficial do nosso estado e do País”, disse.

Fonte1: Infonet
Fonte 2:

Documentos históricos serão usados para apurar crimes contra indígenas

A Comissão Nacional da Verdade espera encontrar respostas para uma série de perguntas sobre violações de direitos humanos de indígenas brasileiros entre os anos de 1946 e 1988. Quantos podem ter morrido devido aos impactos das obras de infraestrutura durante o regime militar? Índios foram torturados ou mortos por serem considerados um entrave à política desenvolvimentista? Quantos passaram pelas prisões indígenas cuja história começa vir a público? A comissão vai se basear em depoimentos e na análise de documentos históricos do período para chegar às conclusões.
“A comissão ainda está coletando os primeiros elementos para remontar o que de fato ocorreu nesse período, mas, aos poucos, fui percebendo que há um vasto campo de investigação de violações dos direitos das populações indígenas que, na época, eram consideradas mero obstáculo ao desenvolvimento”, disse à Agência Brasil a psicanalista Maria Rita Kehl, responsável por coordenar a apuração das denúncias sobre violações aos direitos indígenas no período.
Para especialistas como o vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, Marcelo Zelic, algumas dessas questões podem ter sido esclarecidas há 44 anos, quando o então Ministério do Interior criou uma comissão de inquérito administrativa para apurar denúncias contra o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), órgão que antecedeu a Fundação Nacional do Índio (Funai), criada em 1967.
Desde 1963, quando foi alvo de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), pairavam sobre o SPI suspeitas de que alguns funcionários teriam dilapidado o patrimônio indígena, escravizado índios, explorado sexualmente índias, repassado terras indígenas a empresas particulares e até mesmo participado de atos classificados como genocídio. As denúncias voltaram a ser discutidas anos depois, em duas novas CPIs, em 1968 e 1977.
Documento desaparecido
Em 1968, a comissão de inquérito administrativa produziu um documento que ficou conhecido como Relatório Figueiredo, referência ao presidente da comissão, o ex-procurador Jader Figueiredo Correia. Convidado para a função pelo ex-ministro do Interior general Afonso Augusto Albuquerque Lima, Figueiredo esteve à frente do grupo que, por quase um ano, durante o regime militar, percorreu o país para apurar as denúncias de crimes cometidos contras a população indígena. O documento, no entanto, desapareceu. Segundo a versão mais conhecida, as mais de 5 mil páginas do Relatório Figueiredo foram consumidas por um incêndio no Ministério do Interior.
Por causa do relatório, o Ministério do Interior, em setembro de 1968, recomendou a demissão de 33 pessoas; a suspensão de 17; a cassação da aposentadoria de um agente de proteção aos índios e de dois inspetores. Além disso, apontou a atuação de outros envolvidos cuja punição não era de competência do Executivo. Posteriormente, muitos funcionários punidos foram inocentados na Justiça e retornaram ao trabalho. O desgaste, no entanto, foi tão grande que, o próprio ex-ministro Albuquerque Lima admitiu, durante depoimento em 1977, que "por culpa de algumas dezenas de servidores menos responsáveis" não havia mais condições de manter o Serviço de Proteção aos Índios e por isso, em 1967, ele foi substituído pela Funai, que assumiu também as atribuições do Parque Nacional do Xingu e do Conselho Nacional de Proteção ao Índio.
“O Relatório Figueiredo é um documento importante, cuja única cópia desapareceu convenientemente durante o regime militar. Embora não respondesse a todas as perguntas que a Comissão da Verdade vai procurar saber, ajudaria a jogar luz sobre um período a respeito do qual há poucas informações, que antecede a substituição do SPI pela Funai, pouco antes da conclusão do relatório”, comentou Zelic, que coordena a pesquisa Povos Indígenas e Ditadura Militar a fim de oferecer subsídios à Comissão da Verdade.
A pesquisa conta com o apoio da Associação de Juízes pela Democracia e da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. Para Zelic, além do Relatório Figueiredo, é importante resgatar a íntegra dos documentos produzidos pela CPI do SPI (1962-1963) e das CPIs do Índio, de 1968 e de 1977.

Fonte: http://odia.ig.com.br/portal/brasil/documentos-hist%C3%B3ricos-ser%C3%A3o-usados-para-apurar-crimes-contra-ind%C3%ADgenas-1.494566

92% dos pedidos da Lei de Acesso são atendidos

Agência Estado

Em quatro meses de vigência da Lei de Acesso à Informação, 92,15% das solicitações de informação feitas aos órgãos do governo federal já foram respondidas. Foram respondidos 33.111 de um total de 35.931 pedidos enviados. O levantamento é da Controladoria-Geral da União (CGU) e inclui os pedidos realizados até as 19 horas desta quinta-feira (27).A Lei de Acesso à Informação entrou em vigor no dia 16 de maio deste ano e, a partir de então, qualquer pessoa pode pedir informações aos órgãos públicos nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, desde que as informações não sejam classificadas como sigilosas. O porcentual registrado pela CGU vem crescendo desde o início da vigência da lei. No primeiro mês, 70,6% das solicitações haviam sido respondidas, no segundo, 84%, e, no terceiro, 89,97%.
A média atual de tempo para apresentação das respostas é de 10 dias. A lei prevê que as solicitações devem ser respondidos em até 20 dias, prorrogáveis por mais 10. Dentro do total de solicitações respondidas, 85% dos pedidos foram atendidos positivamente, 8,56% foram negados e 6,44% não puderam ser atendidos por não se tratarem de matéria da competência legal do órgão demandado ou pela inexistência da informação requisitada.
O órgão mais acionado é a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que já recebeu 4.432 pedidos, seguido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com 2.586 solicitações e pelo Banco Central do Brasil (1.466).
A diretora de Combate à Corrupção da CGU, Vânia Vieira, avalia que o resultado supera as expectativas da controladoria. "A Lei de Acesso à Informação é revolucionária e dá um importante passo para a consolidação do regime democrático brasileiro, na medida em que amplia a participação cidadã e fortalece os instrumentos de controle da gestão pública", diz. O balanço de cinco meses de vigência da lei e a importância dos dados abertos no Judiciário serão discutidos durante o 7º Congresso de Inovação no Poder Judiciário, entre 30 e 31 de outubro, em Brasília.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5983982/92-dos-pedidos-da-lei-de-acesso-sao-atendidos.aspx

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Comissão da Verdade só colheu dois depoimentos formais de agentes da repressão

Por Carta Maior

Comissão da Verdade só colheu dois depoimentos formais de agentes da repressãoA Comissão Nacional da Verdade ouviu até agora apenas dois agentes do aparato de repressão da ditadura civil militar. O número foi divulgado por Claudio Fonteles (foto), ex-procurador geral da República e um dos sete integrantes da comissão, durante audiência pública no Rio de Janeiro. Os ouvidos até aqui foram o médico legisla Harry Chibata e Claudio Guerra, ex-agente do Dops e autor do livro “Memórias de uma Guerra Suja”.
Rodrigo Otávio
Rio de Janeiro – Instalada em maio e com prazo inicial de duração de dois anos, a Comissão Nacional da Verdade ouviu até agora apenas dois agentes do aparato de repressão da ditadura civil militar que durou de 1964 até 1985 no país. O número foi divulgado por Claudio Fonteles, ex-procurador geral da República e um dos sete integrantes da comissão, durante audiência pública realizada na terça-feira (26), no Rio de Janeiro.
“Nós tivemos na verdade dois depoimentos formais, em que as pessoas pediram confidencialidade. Um de Harry Chibata (médico legista), que é um zero absoluto, veio com aquele velho papo ‘cumpria ordens e um perito não faz juízo de valor…’; e de Claudio Guerra (ex-agente do Dops e autor do livro Memórias de uma Guerra Suja), esse realmente abre algumas pistas”, afirmou ele. “Ninguém mais do sistema repressivo e seus agentes se dispôs a falar conosco até agora, o que nós dá uma linha de convocação”, completou.
“Para eu convocar, eu preciso ter base documental forte, é onde nós estamos trabalhando”, continuou Fonteles, revelando o principal obstáculo desse início de investigações da comissão. “Precisamos de toda a documentação para, aí sim, fazer uma inquisição ampla, de maneira que se alguém vier com uma negativa, ou uma evasiva, eu possa ter o documento e mostrar”.
Na busca de dados documentais consistentes Fonteles citou duas linhas de ação tomadas pela comissão. Uma é a atividade em conjunto com o Arquivo Nacional. “Estou lá trabalhando semanalmente. Descobrimos agora um documento que faz ruir por terra a versão da morte do padre Antônio Henrique (assessor de Dom Hélder Câmara) em Pernambuco. Foi uma situação montada com a atribuição a toxicômanos, mas na verdade foram elementos da extrema direita, inclusive com envolvimento da polícia civil”, diz ele, exemplificando um caso que terá reviravoltas a partir da Comissão da Verdade.
A outra frente é a que o ex-procurador considera uma vitória, ainda que parcial, da comissão. “Assumimos deliberação unânime mostrando que é equivocada a concepção do estado brasileiro que reconheceu ter agido legalmente as corporações militares em eliminar documentos e as atas de registro de eliminação desses documentos. Dissemos que isto é ilegal”, afirmou ele sobre a queima de arquivos militares minimizada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva através de ata do ministério da Defesa.
Se a condenação dos expedientes usados pelos militares se configura como uma restauração louvável, não garante o principal, a volta dos documentos, fazendo a Comissão da Verdade em particular e a sociedade em geral reféns de mais um trâmite burocrático, e quiçá jurídico, na busca da verdade histórica. “Encaminhamos um ofício-estudo ao ministério da Defesa mostrando as razões pelas quais consideramos ilegal essa conduta. Esperamos que eles nos remetam a sua posição e aí avaliaremos os caminhos a seguir”, disse Claudio Fonteles.
No Arquivo Nacional, segundo Jaime Antunes, diretor-geral do órgão, e a partir da recente Lei de Acesso à Informação (LAI), a cooperação com a comissão será irrestrita, e tentará recuperar muitos dos documentos militares. De acordo com Antunes, desde que o Arquivo Nacional começou as pesquisas para recolher documentos militares e correlatos, em 2003, foram identificados cerca de 260 órgãos de arapongagem. Desses, 45 de fato tiveram seus papéis transferidos ao Arquivo Nacional, com muitas estatais e ministérios ficando de fora da catalogação.
“A proposta do Arquivo Nacional é realizarmos agora em outubro um encontro em Brasília com todos os chefes de arquivos de ministérios que integram o Sistema de Gestão de Documento de Arquivo da administração pública, no sentido de mostrar a essas pessoas como é que elas podem inquerir o acervo para poder identificar essas massas documentais”, revelou ele durante a audiência, antecipando ser um dos objetivos traçar o começo de uma trilha que leve a documentos de órgãos como o Cenimar (Centro de Informações da Marinha) ou o CIE (Centro de Inteligência do Exército).
Sociedade civil e MP
Durante a audiência na Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, diversos membros de entidades da sociedade civil e vítimas de torturas da ditadura militar voltaram a cobrar um maior diálogo com a Comissão da Verdade. As principais demandas são a não limitação das atividades da comissão a dois anos, a divulgação dos nomes dos depoentes na comissão e um roteiro para se acompanhar os passos do Ministério Público a partir das conclusões da comissão.
Aurélio Rios, procurador federal dos Direitos do Cidadão, diz que o MP não está engessado em um prazo de 24 meses para investigações, mas sim ao conteúdo. “Nós não temos esse limite de dois anos. Depois vamos continuar investigando, pode demorar cinco, dez anos, mas continuaremos investigando. Agora, sobre o quê eu ainda não sei. Será sobre o que tiver sido apurado, porque é difícil a gente imaginar quantos documentos serão lidos, serão processados, e quantas informações serão relevantes para uma investigação mais consistente”.
Para ele, o momento é de concentração nas investigações. “O importante para a gente é saber a verdade, identificar os fatos, tentar identificar onde estão as ossadas, o que aconteceu com essas pessoas, quais foram as circunstâncias da morte e do desaparecimento delas, e aí então tomar as providências necessárias. Quais serão? Não sei, vai depender exatamente do que for investigado”.

Fonte: http://correiodobrasil.com.br/comissao-da-verdade-so-colheu-dois-depoimentos-formais-de-agentes-da-repressao/520940/#.UGRz8q6z6B9

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Controle de Documentos na Gestão da Qualidade

Em um Sistema de Gestão da Qualidade, os documentos devem ser mantidos sob controle, para isso é necessário que eles estejam organizados e devidamente identificados.
 

O processo de controle de documentos é um dos requisitos que precisam ser documentados numa certificação de qualidade. A ISO 9000 sugere que possíveis alterações de documentos sejam controladas, mas não diz como isso deve ser feito.
O controle assegura que:
- os documentos sejam aprovados antes de sua emissão;
- os documentos sejam analisados criticamente e atualizados, quando necessário, e reaprovados;
- as pessoas tenham acesso às versões corretas e atualizadas;
- os documentos estejam disponíveis nos locais corretos;
- documentos obsoletos sejam removidos dos locais de uso e, quando retidos, sejam adequadamente identificados;
- as alterações de documentos sejam analisadas criticamente e aprovadas antes de implementadas;
- documentos de origem externa sejam identificados e tenham distribuição controlada.
Para se manter os documentos sob controle, é importante que eles sejam identificados por um título, um estágio de revisão e uma assinatura autorizada quando oficialmente liberados. Os documentos devem conter ainda uma explicação sobre o propósito, a definição de sua aplicação e os responsáveis pelas atividades.
No processo de auditoria, o responsável deve fazer um levantamento de todos os documentos distribuídos pela empresa, observando análises críticas e aprovação, bem como a situação de revisão e distribuição. Qualquer alteração em documentos ou em notas manuscritas deve ser analisada.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Palestra "Arquivo Jurídico - Preservação e acesso à Informação" - Brasília/DF


A Escola da Advocacia-Geral da União Ministro Victor Nunes Leal informa que estão abertas as inscrições para a Palestra "Arquivo Jurídico - Preservação e acesso à Informação".

Conteúdo: A sociedade do conhecimento; A importância da informação; O Arquivo Jurídico; Legislação arquivística; Programa de Gestão Documental; Normas para preservação de documentos jurídicos; O acesso à informação: técnicas para recuperação da informação.

Palestrante: Eloiza Rocha Pereira - Coordenadora da Coordenadoria de Processamento e Arquivo - COPAR do Conselho da Justiça Federal - CJF.

Data: 3 de outubro de 2012.

Horário: 9h30 às 12h

Local: Ed. Sede II da AGU - Sala 107 da Escola da AGU - SIG Quadra 06 Lote 800 Térreo - Brasília/DF

Público Alvo: Advogados da União, Procuradores Federais, Procuradores da Fazenda Nacional, Procuradores do Banco Central, Assistentes Jurídicos, ocupantes de cargo de direção e assessoramento, Servidores da AGU.

Vagas: 40 (quarenta). A Escola da AGU não custeará despesas de deslocamentos.

Inscrições abertas até 30 de setembro, ou no dia, no próprio local. Clique abaixo e faça sua inscrição.

Mais informações
Coordenação de Eventos
e-mail: escolaagu.eventos@agu.gov.br
Telefones: (61) 2026-7339 - 2026-7378


Fonte: http://www.agu.gov.br/sistemas/site/TemplateImagemTexto.aspx?idConteudo=211293&id_site=3

Você conhece a íntegra da Lei de Acesso à Informação?


Acesso à Informação no Brasil

A Lei nº 12.527, sancionada pela Presidenta da República em 18 de novembro de 2011, tem o propósito de regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas e seus dispositivos são aplicáveis aos três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
A publicação da Lei de Acesso a Informações significa um importante passo para a consolidação democrática do Brasil e também para o sucesso das ações de prevenção da corrupção no país. Por tornar possível uma maior participação popular e o controle social das ações governamentais, o acesso da sociedade às informações públicas permite que ocorra uma melhoria na gestão pública. 

No Brasil, o direito de acesso à informação pública foi previsto na Constituição Federal, no inciso XXXIII do Capítulo I - dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - que dispõe que:
“todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.

A Constituição também tratou do acesso à informação pública no Art. 5º, inciso XIV, Art. 37, § 3º, inciso II e no Art. 216, § 2º. São estes os dispositivos que a Lei de Acesso a Informações regulamenta, estabelecendo requisitos mínimos para a divulgação de informações públicas e procedimentos para facilitar e agilizar o seu acesso por qualquer pessoa.

sábado, 22 de setembro de 2012

PARABÉNS OLHAR ARQUIVISTICO - 1 ANO



No dia 22 de Setembro de 2011, eu João Paulo, Graduando do curso de Arquivologia da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, tive a ideia de começar a divulgar a Arquivologia através da criação do meu blog intitulado de: OLHAR ARQUIVISTICO.
Por muito a Arquivologia ainda é desconhecida, assim meu trabalho frente ao blog é trazer assunto que estão em destaque no momento atual, bem como apontar caminhos que ajudem na pesquisa seja por Universitário ou até mesmo Concurseiros.
Sou apaixonado pelo que faço e amo a Arquivologia e é por isso que hoje quero comemorar junto com você amigo leitor 01 Ano de vida do Blog OLHAR ARQUIVISTICO que nasceu de uma maneira tímida, mas que vem crescendo no meio arquivístico e por que não dizer na Sociedade.
Contudo, firmo meu compromisso de cada vez mais buscar texto, artigos, resumos e etc. que possam auxiliar não só a você como também a mim na pesquisa e no dia a dia.

Obrigado a Todos!
João Paulo S. de Souza
João Pessoa, 22 de Setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Vaga de Estágio no IFPB (Processo Seletivo) - Arquivologia

 Informações:

O Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB, no uso de suas atribuições, FAZ SABER, por meio deste Edital, que no período de 17 de setembro a 11 de outubro de 2012, estarão abertas as inscrições do Processo Seletivo para preenchimento de vagas de estágio não-obrigatório curricular, a ser realizado conforme disposto no Edital de Abertura.
Edital:
http://www.ifpb.edu.br/ingresso/processo-seletivo/Cursos-tecnicos/processo-seletivo-para-estagio-nao-obrigatorio-edital-192-2012

Resumo

Nível:
   Superior
Bolsa:    R$ 364,00 + Auxílio-Transporte
Carga-Horária
   20 (vinte) horas semanais
Duração:   6 meses, podendo ser prorrogado por até 18
Inscrições:    De 17 de setembro a 11 de outubro 2012

Taxa: 
 
  As inscrições serão gratuitas

Cuidados necessários com o armazenamento dos documentos fiscais eletrônicos recebidos

Mesmo com um grande volume de informações que encontramos em jornais, revistas e portais sobre documentação fiscal eletrônica, muitas empresas insistem em não se importar com as regras desse processo. Seja por falta entendimento ou tempo, algumas regras e o armazenamento correto têm ficado de lado.

Por Maicon Klug


Atualmente muito se fala sobre a importância da Gestão de Documentos Fiscais eletrônicos. Notícias, dicas e melhores práticas são geradas e disponibilizados a todos para consulta, mas mesmo com tanta informação disponível, muitas empresas não se atentam as regras do processo de recebimento e armazenamento de documentos eletrônicos, seja por falta de entendimento, resistência à mudanças ou até mesmo por preferir deixar para depois. Seja qual for o motivo, fica um alerta: receber, validar e armazenar os documentos fiscais eletrônicos recebidos é obrigatório.
A legislação diz que o emitente e o destinatário deverão manter a NF-e em arquivo digital, sob sua guarda e responsabilidade, pelo prazo estabelecido na legislação tributária, mesmo que fora da empresa, devendo ser disponibilizado para a Administração Tributária quando solicitado. Também é responsabilidade do destinatário verificar a validade e autenticidade da NF-e e a existência de Autorização de Uso da NF-e.
Para melhorar os processos dentro da empresa e permitir que as informações estejam sempre disponíveis, é aconselhável o armazenamento dos documentos fiscais eletrônicos de forma organizada. A organização é fundamental para a real gestão dos documentos. Existem softwares que possuem exclusivamente esta finalidade e, muitas vezes, também contemplam a recepção e validação de forma automática.
O documento com validade jurídica a ser armazenado por cinco anos é o arquivo XML e não o DANFE. Caso a empresa não possua o documento de forma acessível, em uma auditoria do fisco, as consequências podem ir além da aplicação de uma multa. A penalidade pode variar de um caso para outro, dependendo do entendimento do fiscal. A autuação pode ser feita por diferentes órgãos como a Receita Federal ou Secretaria da Fazenda Estadual e como cada estado possui legislações diferentes, autuações em estados diferentes sofrerão penalidades diferentes. Vale lembrar que, além da aplicação de multa, se o fiscal julgar que há um Crime Contra a Ordem Tributária as consequências podem ser ainda piores, chegando a pena de dois a cinco anos de reclusão. Para o armazenamento seguro dos documentos fiscais eletrônicos as empresas precisam realizar as mudanças necessárias, investir em ferramentas adequadas e manter os procedimentos. Primeiramente, é fundamental adotar um banco de dados comercial. Não utilize pastas, diretórios, pen drives, CDs ou algo nesse sentido. Também não é seguro deixar arquivos armazenados em uma conta de e-mail. Com um banco de dados é possível programar a execução de backups automáticos, garantindo a replicação das informações e possibilitando a recuperação em caso de sinistros.
O gestor deve sempre pensar em segurança e organização. Uma boa dica é implantar um software que garanta a segurança dos dados e facilidade no acesso as informações. Não há como utilizar um banco de dados seguro se não possuir um sistema que converse com ele. Além disso, o software também auxiliará na recepção e validação dos documentos recebidos.
Outra recomendação é organizar os arquivos antigos, se no início a empresa não recebia os arquivos eletrônicos, ainda é possível obtê-los a partir das cópias dos Documentos Auxiliares - DANFE, DACTE, DANFSE. Levante todos os Documentos Auxiliares recebidos desde 2008 e confira se os arquivos XML foram recebidos. Caso falte algum, solicite aos fornecedores o reenvio dos mesmos.
Seguindo essas recomendações as empresas estarão caminhando para a verdadeira gestão de documentos fiscais eletrônicos, além de manter os dados mais seguros, disponíveis e organizados, a gestão facilita as demais atividades do Sistema de Gestão Empresarial (ERP).
*Maicon Klug é diretor da G2KA Sistemas, empresa especialista no desenvolvimento de soluções para Gestão de Documentos Fiscais eletrônicos (NF-e, NFS-e e CT-e).

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/cuidados-necessarios-com-o-armazenamento-dos-documentos-fiscais-eletronicos-recebidos/66014/

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

TJPB institui Lei de Acesso e cidadão poderá solicitar informações de documentos públicos

Visando assegurar o direito fundamental de acesso a informação e atendendo à Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso), o presidente do Poder Judiciário estadual, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos, instituiu o Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) junto o Tribunal de Justiça da Paraíba, por meio da Resolução 74/12. O ato disciplinando o procedimento para obtenção, por qualquer cidadão, de acesso a documentos e informações perante o TJPB, foi publicado na edição do Diário da Justiça Eletrônico, desta segunda-feira (17).


Ao assinar o ato, o desembargador-presidente levou em consideração o dever constitucional dos órgãos públicos de prestar informações, de forma segura e confiável, sob pena de responsabilidade. A referida lei entrou em vigor no mês maio passado, com o fim de garantir o acesso a documentos que estejam sob a guarda da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, inclusive dos Órgãos do Poder Judiciário.


Entre os princípios mais importantes da Lei de Acesso à Informação Pública, está o de que a publicidade e a transparência das informações são a regra, e o sigilo, a exceção.


O SIC do TJPB será viabilizado mediante divulgação, no seu Portal da internet (www.tjpb.jus.br), para acesso público, de informações de interesse coletivo ou geral, entre as quais os nomes, subsídios, vencimentos, verbas indenizatórias e descontos legais dos magistrados e servidores, além daquelas que digam respeito aos contratos em andamento, gastos com custeio da máquina administrativa, tais como, água, luz, telefone, combustível e outras despesas. Compete à Diretoria da Tecnologia da Informação do Tribunal adotar as providências necessárias a fim de garantir a divulgação das informações.


Segundo a resolução, o interessado poderá apresentar pedido de acesso à informação ao TJPB, eletronicamente, por meio de formulário disponível no site da Instituição; ou por correspondência física, para o endereço do Tribunal de Justiça, presencialmente, das 9h às 18h, na central de atendimento da Ouvidoria do TJPB, situada no Palácio da Justiça à Praça João Pessoa, s/n - Centro - João Pessoa-PB.


O pedido de informações deverá conter a identificação do requerente e a especificação pretendida, não se exigindo os motivos determinantes da solicitação. O fornecimento é gratuito, salvo se houver necessidade de reprodução de documentos, situação em que poderá ser cobrado, exclusivamente, o valor necessário ao ressarcimento do custo da reprodução e dos materiais utilizados. O SIC disponibilizará ao requerente, no prazo de resposta ao pedido de informações, a Guia de Recolhimento para pagamento do custo da reprodução e dos materiais utilizados.


Compete à Ouvidoria do TJPB receber, registrar, controlar e responder o pedido de acesso a informações, preferencialmente por meio eletrônico. Entretanto, algumas solicitações poderão ser indeferidas, dentre as quais: informações a respeito de processos que tramitem em segredo de justiça, só acessíveis às partes e seus advogados; informações relativas aos autores de ações ajuizadas perante o Tribunal de Justiça da Paraíba; informações pessoais, assim consideradas as que dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais, nos termos dos artigos 6º e 31 da Lei nº 12.527, de 2011.


Também serão indeferidos pedidos genéricos, desproporcionais ou desarrazoados; pedidos que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência da unidade; e informações protegidas por sigilo fiscal. 

Fonte: http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20120918064304&cat=paraiba&keys=tjpb-institui-lei-acesso-cidadao-podera-solicitar-informacoes-documentos-publicos

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Curso de Arquivologia promove palestra para apresentar convênio da UEPB com a Universidade do Porto


Dia 20 de Setembro de 2012
O Bacharelado em Arquivologia da Universidade Estadual da Paraíba, em João Pessoa, promove, nesta quinta-feira (20), às 9h, no Auditório Pioneiros, palestra com o coordenador de assuntos institucionais e internacionais da UEPB, professor Carlos Enrique Ruiz, para tratar do acordo de cooperação acadêmica, científica e cultural firmado recentemente com a Universidade do Porto, em Portugal.
A professora do curso de Arquivologia da UEPB, Eliete Correia dos Santos, que esteve na Universidade do Porto para cursar o doutorado sanduíche também fará um relato das experiências vivenciadas na instituição portuguesa. A atividade é voltada aos estudantes e professores do curso de Arquivologia da UEPB, que poderão conhecer esta iniciativa que possibilitará intercâmbios, promoção de eventos em parceria, colaboração na área de pós-graduação, publicações conjuntas, promoção, execução e divulgação de estudos, projetos e pesquisas, entre outras ações.
Este convênio foi firmado por intermédio da Coordenadoria de Assuntos Institucionais e Internacionais (CAII), após algumas reuniões, eventos, lançamentos de livros e diversas atividades realizadas em parceria. É o caso da vinda do professor do Curso de Licenciatura em Ciência da Informação da Universidade do Porto, Armando Malheiro, ao Campus V da UEPB, em julho de 2011, por ocasião do 15º Encontro Nacional dos Estudantes de Arquivologia, quando o docente anunciou a parceria entre as instituições portuguesa e brasileira, para envio de professores e alunos para intercâmbio.
Na oportunidade, o docente colaborou, inclusive, na construção do novo Projeto Pedagógico do Curso de Arquivologia da UEPB. Esta não foi a primeira vez que o professor Malheiro veio à Paraíba para participar de um evento promovido pela UEPB, já que, em 2008, ele esteve no Estado para proferir uma palestra no Fórum Internacional de Arquivologia (FINARQ).
Assim como Armando Malheiro, outros docentes da Universidade do Porto, a exemplo do professor Arnaldo Saraiva e da professora Fernanda Ribeiro, já participaram de eventos ou tiveram trabalhos publicados em parceria com professores da UEPB. Da mesma forma, pesquisadores e professores da UEPB já concluíram ou estão cursando a pós-graduação e participaram de eventos na instituição portuguesa.
De acordo com o coordenador do bacharelado em Arquivologia da UEPB, professor José Washington Medeiros, esse convênio é sonhado desde 2008, quando o professor do curso, Jimmy Lêllis, esteve na Universidade do Porto realizando pós-doutorado. “Desde então esse acordo é sonhado por toda a comunidade acadêmica e, agora, tornou-se realidade”, afirma o docente.

O Blog Olhar Arquivistico entra na lista de Blogs/Sites Ativos na matéria feita pela AAERJ (Associação dos Arquivista do Estado do Rio de Janeiro)

Blogs/Sites

Disponibilizamos aqui uma relação dos mais ativos blogs e sites editados por arquivistas ou que compartilhem conteúdo relacionado aos arquivos, à Arquivologia e outros temas de interesse para os profissionais e estudantes da área.

Aluna de Arquivo – Arquivista em Construção
Blog para arquivistas e alunos de Arquivologia trocarem ideias, informações, dicas, vagas e muito mais. Editora: Elaine Maciel (Niterói-RJ)
Obs: Vencedora do título Top2 na categoria Notícias e Cotidiano do “Prêmio Top Blog” Edição 2011. Seu twitter, @alunadearquivo foi indicado como um dos melhores para se informar na área de arquivo pelo jornal Estadão.
Archivística & Sociedad
Blog do “Observatório de Perspectiva Arquivística e Sociedade”, da Universidad Carlos II de Madrid, Espanha.
Arquinóia
O blog divulga eventos arquivísticos e fomenta debates sobre temas de interesse da área.
Editores: Dacles Silva e Anna Carollyna (João Pessoa-PB)
Arquiveros
Grupo formado por arquivistas com a finalidade de discutir e compartilhar ideias e desenvolver projetos de pesquisa na área arquivística na Universidade de Brasília (UnB). Editor: Grupo de Pesquisa CEDOC/UnB.
Arquivista 2.0
Segundo o autor do blog, “aqui veremos o mundo do arquivista e da ciência da informação além do papel e da caixa de papelão”. Editor: Charlley Luz (São Paulo-SP).
Arquivista Hi-Tech
O blog pretender discutir arquivística, visualizando a faceta científica e tecnológica da disciplina, estabelecendo uma ligação permanente entre o profissional arquivista e a tecnologia da informação, além de divulgar concursos públicos na área. Editora: Eliane Lima (Belo Horizonte-MG).

Arquivista Social
O blog divulga notícias da área arquivística e artigos que apresentam a proposta de Arquivística Social ou Arquivologia Social. Editor: Jackson Guterres (Porto Alegre-RS).
Arquivista.org
É um projeto cooperativo e voluntário de graduandos do Curso de Arquivologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), iniciado em abril de 2010. Tem o objetivo de apoiar e realizar o fomento da arquivística no Brasil e é aberto à participação e colaboração de estudantes e professores de outras universidades, além dos profissionais arquivistas.
Editores: André Daniel e Viviane Delatorre.

Arquivologia – O Site
O site surgiu em 2000, como um espaço onde os alunos da Universidade de Brasília (UnB) publicavam suas ideias e pensamentos, diante da ausência de um site com informações exclusivamente arquivísticas e com o tempo cresceu, oferecendo vários conteúdos e informações relevantes. Retornou à ativa depois de um período em que por problemas técnicos, ficou fora de funcionamento (2007 a 2011).

Arquivologo
Blog com notícias de interesse dos autores: Arquivologia, esportes, música, saúde, política, etc. Editores: Aloisio Ramos e Alex Sandro (Salvador-BA)

Contexto informacional: informação em foco
Blog que aborda a informação, sua gestão e usos, divulgando temas e eventos relacionados às áreas de: Arquivologia, Administração, Gestão da Informação, Gestão Pública, Memória e Cultura. Editora: Marcela Lins (Manaus-AM).

La Diplomatica
Um blog dedicado às discussões teóricas que circundam a Diplomática e a Arquivística. Editora: Natália Tognoli (Marília-SP).

Diplomática e Tipologia Documental
Blog da disciplina Diplomática e Tipologia Documental, ministrada pelo professor André Ancona Lopez, do Curso de Arquivologia da Universidade de Brasília (UnB).
Olhar Arquivístico
Blog criado para divulgar a Arquivologia para todos, esperando contribuir no aprendizado de cada um. Editor: João Paulo Silva (João Pessoa-PB).
Portal do Arquivista
A ideia do portal é a de reunir conteúdos diversos sobre a Arquivologia, suas disciplinas e até mesmo informações interessantes de outras áreas do conhecimento, como a Ciência da Informação, Biblioteconomia e Informática aplicada. Editor: Ricardo Sodré Andrade (Salvador-BA).
Preservação audiovisual
Blog dedicado à disponibilização de artigos técnicos, teóricos e históricos, em português, sobre a preservação das imagens em movimento. Editor: Rafael de Luna (Niterói-RJ).
Repertório Arquivístico
Um blog dedicado à seleção das melhores informações da área arquivística: notícias, oportunidades, eventos, cursos e muito mais. Editora: Lyvia Archer (Florianópolis-SC).

Fonte: http://www.aaerj.org.br/links/blogs/

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

LEI DE ACESSO: SIC da Previdência é o segundo mais procurado dentro do Governo Federal



No próximo dia 16 de setembro, o Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) da Previdência Social (MPS, INSS e Previc) completa quatro meses em funcionamento. Com 2.319 pedidos solicitados via internet, a Previdência passa a ser o segundo órgão com mais solicitações na esfera federal. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou a maior parte das solicitações, com 2.148 pedidos. O Ministério da Previdência Social registrou 137 e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar, Previc, recebeu 34 pedidos de informação.
Em média, o SIC da Previdência Social leva cinco dias para responder às solicitações. A taxa de resolutividade – que mede a quantidade das demandas que são respondidas e solucionadas – chega a 94,82% do total de pedidos nas três casas.
Os assuntos vão desde a construção de novas Agências da Previdência Social (APS), nomeações no último concurso e contratos firmados pelo MPS, até a lista de devedores da Previdência Social. De acordo com a Lei de Acesso à Informação, os questionamentos dos cidadãos devem ser respondidos em até 20 dias, prorrogáveis por mais dez.
A assessora de Gestão Estratégica e Inovação Institucional do Ministério da Previdência Social, Nicir Chaves, acredita que não é importante somente responder às perguntas sem se preocupar com a qualidade dessa resposta. “O número de recursos de primeira instância e até de segunda instância é muito baixo. Significa que as nossas respostas estão atendendo a contento, estão respondendo efetivamente o que os cidadãos estão pedindo”, afirma Nicir.
No entanto, a maior parte das solicitações é sobre informações pessoais. Alguns cidadãos utilizam o SIC, que é um serviço de repasse de informações públicas, para obter esclarecimentos sobre a situação de requerimento de benefícios, por exemplo. Para estes casos, o SIC da Previdência Social tem um modelo de resposta de acordo com cada solicitação pessoal, pois o objetivo dessa ferramenta é estimular a transparência das ações públicas da instituição.
Serviço – O SIC deve ser procurado quando um dado, documento ou estatística não forem encontrados no site da Previdência Social. Caso os dados solicitados estejam na internet, os servidores designados para atender ao público podem orientar o cidadão sobre como ter acesso a eles. No Portal da Previdência Social, os segurados podem ter acesso a dados, como o Anuário Estatístico da Previdência Social e o Boletim Estatístico. O segurado também pode agendar atendimento e acompanhar o andamento do processo de solicitação de benefícios através da “Agência Eletrônica: Segurado”
Com base na legislação, se a informação for sigilosa ou restrita poderá ser negada de imediato. Caso contrário, o pedido será encaminhado à área competente.
Toda vez que um cidadão procura um SIC para obter uma informação é gerado um protocolo e aberto um processo administrativo. Dessa forma, ele poderá recorrer caso não fique satisfeito com a resposta ou no caso de a informação ser negada por restrição legal. O recurso pode ser feito pela internet.
Onde encontrar – Ao todo, a Previdência Social conta com nove unidades de Serviço de Informações ao Cidadão: uma no MPS, uma na Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), uma na Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), uma na sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e uma em cada Superintendência Regional do INSS. Para atendimento ao público foram designados dois servidores para cada SIC.
Legislação – A Lei de Acesso à Informação estabelece que a divulgação da informação pública é a regra, enquanto o sigilo é a exceção. Isso significa que qualquer cidadão pode solicitar e deve ter acesso às informações públicas, desde que não estejam classificadas como sigilosas ou restritas, como, por exemplo, as informações pessoais.
Obs: Para escutar o audio acesse: http://blog.previdencia.gov.br/?p=4034

Tempo de áudio – 1min40seg
LOC/SONORA: Com quatro meses em funcionamento, o Serviço de Informações ao Cidadão da Previdência Social, SIC, registrou mais de dois mil pedidos. É o segundo órgão com mais solicitações no âmbito do governo federal. Em média, os questionamentos são respondidos em até cinco dias. De acordo com a assessora de Gestão Estratégica e Inovação Institucional do Ministério da Previdência Social, Nicir Chaves, esse prazo está bem abaixo do estipulado pela Lei de Acesso à Informação, que é de vinte dias.
TEC/SONORA: Assessora de Gestão Estratégica e Inovação Institucional do Ministério da Previdência Social, Nicir Chaves.
“Eu acredito que nosso balanço é muito positivo, tendo em vista cinco dias que a gente está levando, em média, para responder esses pedidos. E também, porque o número de recursos de primeira instância e até de segunda instância é muito baixo. Significa que as nossas respostas estão atendendo a contento, estão respondendo efetivamente o que eles estão pedindo”.

LOC/SONORA: O percentual de solicitações que são respondidas chega a 94% dos pedidos. A maioria delas é referente a informações pessoais. No entanto, a Previdência criou uma resposta padrão para esta demanda, já que o SIC tem o objetivo de repassar informações públicas. O SIC da Previdência Social engloba o Ministério da Previdência Social, o INSS e a Previc. Os interessados em saber informações públicas sobre os órgãos previdenciários podem acessar a página eletrônica www.previdência.gov.br, e, caso não encontrem a informação desejada, podem entrar em contato com o SIC na mesma página.

De Brasília, Marco Gonçalves

Fonte: http://blog.previdencia.gov.br/?p=4034

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Orçamento é publicado na web para atender lei de transparência

O Orçamento federal de 2012 está disponível para consulta online. O Ministério do Planejamento disponibilizou o documento em formato aberto por meio do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) para pesquisa pública. A medida atende à Lei de Acesso à Informação.
Segundo o Planejamento, a ideia visa ainda "trazer aos cidadãos e organizações interessadas maior transparência das informações públicas". Para facilitar a busca do público, o arquivo foi disponibilizado no padrão Resource Description Framework (RDF), que permite "pesquisas e análises dos dados de forma veloz e eficiente".
A consulta do Orçamento federal 2012 pode ser feita pelo endereço eletrônico www.siop.planejamento.gov.br/siop/. O cidadão também vai encontrar o manual de referência e a carta de serviço do Orçamento.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6146105-EI306,00-Orcamento+e+publicado+na+internet+em+atendimento+a+Lei+de+Acesso+a+Informacao.html

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Conselho do MP desobriga lista com nomes

MARCELO GOMES - Agência Estado
 
Ao contrário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e dos poderes Executivo e Legislativo federais, que começaram a divulgar os nomes e salários de todos os seus servidores com base na Lei de Acesso à Informação, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu que os MPs devem identificar seus funcionários apenas pelo número da matrícula e seu salário correspondente. Caberá a cada Ministério Público decidir se vai publicar ou não os nomes e salários de seus servidores.
A resolução foi aprovada na última sessão do CNMP, realizada no dia 28 de agosto, mas ainda não foi publicada. Ainda segundo a resolução, cada Ministério Público deverá regulamentar em sua estrutura o Serviço de Informações ao Cidadão (SIC), que precisa ser acessível por meio eletrônico (site e e-mail) e presencial.
"Não há imposição da lei (de Acesso à Informação) quanto à divulgação nominal dos salários. Mesmo assim, acreditamos que a maioria dos Ministérios Públicos vai publicar os nomes e salários de seus membros. E nos MPs que não fizerem a divulgação nominal, o cidadão poderá perguntar no próprio site da instituição a quem corresponde determinada matrícula e determinado salário", afirmou Alessandro Tramujas Assad, conselheiro do CNMP.

Transparência
Especialista em transparência pública, Fabiano Angélico criticou a decisão do CNMP. "A função primordial do Ministério Público é zelar pelo cumprimento das leis. Órgãos como MPs e tribunais de contas, por exemplo, deveriam ser referência em questões de transparência, democracia interna e integridade. Porém, de maneira geral, os MPs trabalham um pouco distantes da sociedade. Essa resolução do CNMP é decepcionante", ressaltou Angélico.
A Corregedoria do Conselho Nacional do MP realiza nesta semana a segunda fase da inspeção nos ministérios públicos no Estado do Rio de Janeiro. Desta terça-feira até quinta (13), serão fiscalizadas cerca de 150 promotorias e procuradorias nos MPs Federal (1.ª e 2.ª instâncias), Militar e do Trabalho.
Na primeira fase do trabalho, foram vistoriadas quase 160 promotorias e procuradorias do MP Estadual. "As vistorias da corregedoria causam certo desconforto porque os membros do MP nunca tiveram sua atuação questionada", observou o corregedor do CNMP, Jefferson Luiz Pereira Coelho. "Mas a criação do CNMP foi uma exigência da sociedade, que exige a implantação de uma cultura de fiscalização dos seus servidores."
Até o momento, o Conselho Nacional do Ministério Público já fez vistorias nos MPs dos seguintes Estados: Amazonas, Pará, Piauí, São Paulo, Roraima, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Os Estados da Bahia e de Santa Catarina serão inspecionados ainda este ano.

Juízes e desembargadores
O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) divulgou sua folha de pagamento referente ao mês de julho com os nomes e salários de todos os seus juízes e desembargadores. Na folha de junho, primeiro mês de vigência da resolução do CNJ sobre o assunto, somente os nomes e salários dos servidores administrativos estavam sendo publicados.
Isso porque a Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj) conseguiu na Justiça uma liminar que impedia a divulgação de seus nomes.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,conselho-do-mp-desobriga-lista-com-nomes,928900,0.htm?p=2

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Apesar de lei, órgãos públicos do AM dificultam acesso a informações

Álisson Castro
Cidadãos que solicitaram dados queixam-se de respostas incompletas e pedidos ignorados.
[ i ]  O deputado estadual José Ricardo disse que tenta obter na Assembleia informações sobre o custo da compra de um aquecedor para a piscina da Casa.
Manaus - Membros de entidades da sociedade civil, políticos e pessoas interessadas na administração pública se queixam da dificuldade em conseguir informações, mesmo após a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, em maio. Entre as queixas estão respostas incompletas ou pedidos simplesmente ignorados.
O presidente do Instituto Amazônico da Cidadania (Iaci), Hamilton Leão, afirmou que já solicitou informações da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) sobre o valor da dívida pública do Estado. “Nossa preocupação é por causa das diversas obras que o governo do Estado tem anunciado e queremos saber se o Amazonas tem dinheiro suficiente em caixa para arcar com os custos anunciados”, frisou.
O blogueiro Ismael Benigno disse ter solicitado informações sobre processos que tramitam no Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre prestação de contas de prefeituras do Alto Solimões. “Recebi apenas a informação de que o processo estava prestes a ser arquivado por falta de provas, mas o TCE não soube informar em qual setor do órgão ele se encontrava”, afirmou.
Entidade civil criada para fiscalizar a implantação das obras destinadas à Copa do Mundo em Manaus, o representante do Fórum Popular da Copa do Mundo, Alexandre Simões Souza, disse que solicitou da Unidade Gestora do Projeto Copa Manaus (UGP-Copa), em junho, informações sobre as desapropriações que serão realizadas para a construção das obras de mobilidade urbana, monotrilho e BRT. “Em agosto, eles responderam que estão impossibilitados de responder porque o governo ainda não assinou o convênio para repasse dos recursos”, disse.
O deputado estadual José Ricardo (PT) afirmou também ser vítima de falta de informações na própria Assembleia Legislativa do Estado (ALE). “Um exemplo são as informações sobre os custos da compra de um aquecedor para a piscina da ALE”, afirmou.
Respostas
A assessoria da Sefaz informou que não encontrou qualquer solicitação do Iaci. Segundo o órgão, as contas do Estado, incluindo o valor da dívida, estão disponíveis no site da secretaria.
O presidente do TCE-AM, Érico Desterro, informou que o blogueiro Ismael Benigno realizou apenas uma solicitação a respeito das obras da Emparsanco em Manaus. “Ela foi atendida em menos de 24 horas”, disse Desterro. De acordo com o presidente do TCE, não há pedidos de informação sobre obras de cidades do Alto Solimões feitas em nome de Benigno.
Por meio de sua assessoria, a UGP-Copa informou que o ‘Fórum’ fez a solicitação em 17 de agosto e o prazo para resposta, que é de 20 dias, ainda não venceu.
O presidente da ALE, Ricardo Nicolau (PSD), não foi encontrado para comentar a queixa de José Ricardo.

Fonte: http://www.d24am.com/noticias/politica/apesar-de-lei-orgaos-publicos-do-am-dificultam-acesso-a-informaces/67525

Lista do Arquivo Nacional: "Nome: Mário Alves; situação atual: morto"

Documento do Centro de Inteligência da Aeronáutica informa fim de desaparecido


Lúcia Caldas Vieira segura um dos poucos retratos do pai que conseguiu guardar
Foto: Agência O Globo / Camila Maia
Lúcia Caldas Vieira segura um dos poucos retratos do pai que conseguiu guardar Agência O Globo / Camila Maia
RIO - Um pesadelo frequente da dona de casa Lúcia Caldas Vieira, de 64 anos, é com uma imensa fogueira. Ano após ano, desde o dia 16 de janeiro de 1970, a cena é a mesma em sua mente: ela tenta salvar das chamas os documentos, fotos e desenhos que foi obrigada a queimar no dia em que o pai desapareceu. Lúcia é filha do desaparecido político Mário Alves, jornalista e secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Apesar de quatro testemunhas terem presenciado a tortura de Mário no DOI-Codi do Rio, dessa data até hoje, 42 anos depois, o Exército nunca assumiu a prisão do militante.


Em uma lista produzida pelo Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa) em 19 de janeiro de 1971 está a primeira informação oficial da ditadura militar brasileira sobre o jornalista desde o seu desaparecimento. O documento, localizado pelo GLOBO no Arquivo Nacional, é uma listagem com nomes de militantes, seus codinomes e suas organizações. Na página 143 estão as informações sobre o militante do PCBR desaparecido um ano antes: na primeira coluna, o codinome pelo qual era conhecido: “Vila”, na última, seu nome completo: Mário Alves de Souza Vieira; no meio, o campo “situação atual” indica: morto.
— Esse documento é mais um dado que mostra que eles não tinham nenhum pudor de fazer uma lista com os nomes dos mortos. Se até hoje eles negam a prisão, como é que o dão como morto? — desabafou a filha.
Lista foi distribuída para outros órgãos
O documento é hoje parte do acervo do Arquivo Nacional colocado para consulta pública. A listagem serviu como fonte de informação para o Serviço Nacional de Informações (SNI), o Centro de Informações do Exército (CEI) e o Centro de Informações da Marinha (Cenimar), e, conforme descrição, tem como assunto “militantes, aliados e simpatizantes das organizações subversivas”.
Mário Alves era baiano e tinha 47 anos quando saiu da casa onde vivia com a mulher, Dilma Borges, na Abolição, subúrbio do Rio. Ele estava acostumado tanto a ser perseguido quanto à vida clandestina desde 1942, quando entrou para o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Preso meses depois do golpe de 1964, foi libertado um ano depois, mas teve que voltar à clandestinidade porque foi condenado à revelia a mais sete anos de prisão. Em 1968, ajudou a fundar o PCBR para seguir o caminho da luta armada.
Em 1970, ao ser novamente preso, Mário foi levado para o DOI-Codi na Rua Barão de Mesquita e torturado durante a noite do dia 16 e a madrugada do dia seguinte. Os presos Raimundo José Barros Teixeira Mendes, José Carlos Brandão Monteiro, Manoel João da Silva e Antônio Carlos de Carvalho ouviram o sofrimento do militante do PCBR ao longo do interrogatório.
No livro “Desaparecidos políticos”, Mendes revelou que presenciou por meio de uma abertura no alto da parede da cela a violência na sala ao lado: “Depois de violentamente espancado... torturado com choques elétricos, no pau de arara, afogamentos, Mário Alves manteve a posição de nada responder... então introduziram um cassetete de madeira com estrias, que provocou a perfuração de seus intestinos e a hemorragia que determinou a sua morte.”
Dilma, mulher de Alves, e o advogado Modesto da Silveira fizeram inúmeros esforços para localizar o militante. Foram enviados pedidos de habeas corpus para todas as Forças na tentativa de descobrir o paradeiro do guerrilheiro, mas nenhum órgão da repressão assumiu a prisão. Devido à busca, Dilma também chegou a ser interrogada.
— Eu e minha mãe ficamos meses separadas. Ela tinha medo de que nos pegassem, e alguém precisava ficar para contar a história — lembrou Lúcia.
As notícias só vieram depois, quando as testemunhas deixaram a prisão e contaram o que presenciaram. Eles apontam entre os torturadores de Mário: o tenente-paraquedista Magalhães, os tenentes Armando Avólio e Luiz Mário Correia Lima e o agente civil Luis Timotéo de Lima. O último também é citado por um estudo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência como um dos agentes que trabalharam na Casa da Morte em Petrópolis.
Em 1979, Dilma e Lúcia entraram na Justiça contra a União, exigindo a responsabilidade pela prisão, morte e ocultação de cadáver do jornalista com base nos testemunhos. A sentença, favorável à família em 1981, fez de Mário Alves o primeiro caso de desaparecido político em que a União foi responsabilizada.
— Nunca vi o nome dele em nenhum relatório. Esse documento me leva a acreditar que, ao contrário do que dizem as Forças Armadas, há, sim, documentos, e espero que a Comissão da Verdade possa auxiliar nisso — afirmou Ana Maria Müller, advogada do caso.


Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/lista-do-arquivo-nacional-nome-mario-alves-situacao-atual-morto-5977430