terça-feira, 31 de julho de 2012

Governo e Assembleia não cumprem Lei de Acesso à Informação

Fonte: A Gazeta

A Lei de Acesso à Informação Pública só está sendo cumprida em Mato Grosso pelo Poder Judiciário. A Assembleia Legislativa garante que desde 18 de junho, pouco mais de um mês após a lei entrar em vigor, deu início aos trabalhos de adequação de seu sistema para divulgar as informações. A Casa deve inaugurar amanhã o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), por meio do qual divulgará em seu site todas as informações relativas aos gastos efetuados no Legislativo Estadual, incluindo o salário de cada um dos servidores. No endereço eletrônico também haverá um formulário para que os interessados em informações que não estejam no portal possam solicitá-las. Ainda será disponibilizado um balcão do SIC na Assembleia, para que os pedidos possam ser feitos pessoalmente.

No Brasil inteiro, nenhum Legislativo Estadual divulga integralmente as informações previstas na Lei de Acesso à Informação. Entre os órgãos do Executivo, o governo de Mato Grosso também está entre os 13 que não divulgaram nenhuma informação. Somente 5 estados já colocaram em prática a aplicação da Lei.

Desde a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou liminar que impedia a divulgação dos dados, o governador Silval Barbosa (PMDB) determinou que fossem divulgadas as informações relativas à folha de pagamento do Executivo Estadual via internet. Para isso, a Auditoria Geral do Estado (AGE) encaminhou uma recomendação técnica orientando a Secretaria de Estado de Administração (SAD) acerca dos procedimentos a serem adotados para o cumprimento da determinação. A Secretaria ainda não informou quando os dados estarão disponíveis.

Conforme a resolução, além da remuneração total recebida pelo servidor, devem ser pormenorizados pontos como remuneração básica bruta, retenção de teto, remunerações eventuais (décimo terceiro, adicional de férias, etc.), deduções obrigatórias (Imposto de Renda, INSS, etc.), indenizações e jetons. Também serão detalhados o nome do servidor público, sua matrícula, ato de nomeação, cargo ocupado na administração, carreira, classe e nível de enquadramento, carga horária de trabalho, data de entrada no serviço público, data de sua última progressão funcional e órgão ou entidade no qual esteja lotado.

Em vigência há 76 dias, a Lei de Acesso à Informação prevê a divulgação, entre outros dados, dos salários dos servidores públicos de quaisquer poderes. A legislação foi questionada pela Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) que conseguiu em primeira e segunda instância liminar para impedir a divulgação dos salários, sob a alegação de que a publicação destes dados violaria a privacidade dos funcionários públicos, mas em 10 de julho o Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu recurso do Advocacia Geral da União (AGU) que defendeu que a publicação dos vencimentos é um ônus inerente à natureza do cargo ocupado e uma forma eficaz de garantir a transparência dos gastos. A partir de então, não havia mais dúvidas sobre a validade da lei, mas pouco ainda se viu de seu cumprimento, a não ser por parte do Judiciário, por conta da exigência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Fonte: http://www.sonoticias.com.br/noticias/10/156975/governo-e-assembleia-nao-cumprem-lei-de-acesso-a-informacao

Depois da Câmara, Justiça barra divulgação nominal de salários do Senado

Sindicato conseguiu liminar para impedir revelação dos nomes e salários de cada um dos servidores na internet.

 Ricardo Brito - Agência Estado
 
Brasília, 31 - Assim como a Câmara dos Deputados, o Senado Federal também está proibido de divulgar os nomes e os respectivos salários de cada um dos servidores no site da Casa. O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) conseguiu liminar, na última segunda-feira, 30, no final da noite, da Justiça Federal de Brasília, para impedir o Senado de revelar nominalmente os vencimentos dos servidores.
As duas Casas Legislativas haviam estabelecido esta terça-feira como prazo para apresentarem esses dados, em cumprimento à Lei de Acesso à Informação (12.527/2011). A decisão referente aos servidores do Senado foi tomada pelo juiz Flávio Marcelo Sérvio Borges, da 17ª Vara Federal.
Segundo o presidente do Sindilegis, Nilton Paixão, o magistrado deu interpretação semelhante ao juiz Hamilton de Sá Dantas, que também concedeu ontem liminar favorável aos servidores da Câmara. A interpretação é de que a divulgação nominal fere o principio constitucional da intimidade das pessoas. O teor da decisão, já comunicado à direção do Senado, será divulgado nas próximas horas.
"Não somos contra a divulgação dos salários: individualizada, sim, mas nominal, não", afirmou Paixão. Para o presidente do sindicato, há outras formas para se divulgar os salários dos servidores, como uso de matrícula, cargo ou função ocupada por eles, que não desrespeitem direitos individuais assegurados pela Constituição e também pela própria Lei de Acesso à Informação.
No ano passado, o site Congresso em Foco revelou que, em 2009, 464 servidores do Senado receberam, de acordo com uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), salários acima do teto do funcionalismo, o equivalente ao salário de ministro do Supremo Tribunal Federal. Hoje, o teto é de R$ 26,7 mil.
Questionado se a decisão da Justiça poderia impedir a descoberta de novos supersalários na Casa, o presidente do Sindilegis rebateu. "A gente precisa separar o joio do trigo. Se há eventuais desvios, devem ser tratados como tais e os órgãos como Corregedoria, Ministério Público estão aí para apurar. Não se pode fazer Big Brother com o salário do funcionalismo", disse Paixão, para quem os desvios, se existem, são "pontuais".

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,depois-da-camara-justica-barra-divulgacao-nominal-de-salarios-do-senado,908655,0.htm

Liminar veta divulgação de salários da Câmara

A Justiça Federal em Brasília concedeu nesta segunda liminar para proibir a divulgação dos nomes dos servidores da Câmara dos Deputados com os respectivos salários no site da Casa. A decisão do juiz Hamilton de Sá Dantas, titular da 21ª Vara Federal, atendeu a um pedido feito pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) e ocorre na véspera do prazo estabelecido pela Câmara para revelar os vencimentos dos servidores, em cumprimento à Lei de Acesso à Informação (12.527/2011).

No despacho de oito páginas, o juiz entendeu que a divulgação dos nomes dos trabalhadores fere o princípio constitucional da "inviolabilidade da intimidade, da honra e da vida privada das pessoas". Sá Dantas argumenta na decisão que a própria Lei de Acesso Informação em seu artigo 31 prevê que as informações pessoais também devem ter acesso restrito e só poderiam ser acessadas com o prévio conhecimento da pessoa.

O magistrado determinou à Câmara que adote outro critério para se individualizar as informações de salários que não o nome, como matrícula, cargo e função. O critério de apresentação nominal constava do ato da Mesa Diretora da Câmara número 45, de 16 de julho.

"A divulgação individualizada com a utilização de outro elemento particularizador que não os nomes, como, por exemplo, os números das matrículas dos servidores, como quer o autor, não prejudica a finalidade da norma que, grosso modo, visa oferecer informações gerais sobre a gestão e o gasto do dinheiro público, inexistindo, assim, real interesse público que justifique a exposição dos nomes dos servidores", destacou.

O presidente do Sindilegis, Nilton Paixão, comemorou a decisão. "Está sendo feita uma interpretação equivocada da lei", disse. "O que é importante salientar é que os sindicatos não são contra a lei, o que nós queremos é preservar a nossa segurança e a nossa privacidade", completou.

O sindicato tenta ainda na noite desta segunda-feira obter uma liminar para barrar a divulgação nesta terça-feira dos salários do Senado, também previsto para amanhã. Só hoje que o primeiro-secretário do Senado, Cícero Lucena (PSDB-PB), publicou o ato que prevê, assim como na Câmara, a divulgação individualizada dos nomes dos servidores e respectivos salários. Há suspeitas de que as duas Casas Legislativas continuem pagando vencimentos acima do teto constitucional, de R$ 26,7 mil, a seus servidores.

A entidade também tenta anular no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) a liberação dos vencimentos dos servidores do TCU, que já está no ar.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5971817/liminar-veta-divulgacao-de-salarios-da-camara.aspx

sábado, 28 de julho de 2012

Os fiscais da lei não cumprem a lei de acesso às informações

Jornal do Brasil 
Marcelo Auler
O Ministério Público é conhecido como o "fiscal da lei" por conta das atribuições que lhes foram dadas pela Constituição Federal de 1988. Uma de suas principais atribuições, portanto, é zelar pelo cumprimento de toda a legislação existente, desde que considerada constitucional.
E quando o próprio MP não cumpre a legislação existente, o que se deve fazer?
Isto acontece com relação à Lei de Acesso  à Informação (Lei nº 12.527) que está em vigor desde 18 de novembro de 2011. Ela obriga os órgãos públicos a divulgarem a relação de seus servidores e os valores pagos a cada um deles. A própria lei determinou que isto valeria seis meses após sua promulgação, ou seja, em maio passado. Mas, âmbito dos Ministérios Públicos, isto ainda não acontece e deve demorar a se tornar fato real.
Somente na sessão de quarta-feira (dia 25) é que o Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP, responsável por normatizar e regular as atividades de todos os MPs no país, aprontou o esboço de uma Resolução determinando aquilo que a lei manda fazer desde maio.
Como ficou decidido na sessão que a Resolução permanecerá em debate público por 15 dias, o texto final ainda demora a ficar pronto. Enquanto isto, todas as Procuradorias - da República, Militar, do Trabalho, do Distrito Federal e Territórios, e de todos os estados -, mantém guardadas a sete chaves a folha de pagamento de seus membros. Pelo que se fala, nelas existem absurdos capazes de deixarem muitos de bocas abertas.

Fonte: http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2012/07/26/os-fiscais-da-lei-nao-cumprem-a-lei-de-acesso-as-informacoes/

Acervo documental do Teatro Guaíra é organizado pelo Arquivo Público

O acervo do Departamento de Preservação e Memória do Centro Cultural Teatro Guaíra está recebendo tratamento de conservação por técnicos do Arquivo Público do Paraná. Numa segunda etapa, será elaborado o inventário de todo o material, repassado em maio. Depois de concluído o processo, o acervo ficará disponível para pesquisa pública.

Entre outros objetos, há 150 metros de documentos textuais, como cartazes, livros, programas de espetáculos e desenhos de figurinos, além de fotografias e material audiovisual das produções e apresentações da Orquestra Sinfônica do Paraná, do Ballet do Teatro Guaíra, do G2 Cia de Dança, do Festival de Teatro de Bonecos e outras atividades promovidas e apresentadas nos palcos do teatro.

O material soma-se aos aproximadamente 28 milhões de documentos que formam o acervo sob a custódia do órgão, criado em 1855, dois anos após a Província do Paraná desmembrar-se da de São Paulo. Um projeto será desenvolvido para captar recursos para o devido arquivamento.

O material fotográfico está com a classificação em fase adiantada, pois chegou já organizado em pastas. O acervo bibliográfico passa por avaliação, a fim de separar o que está em duplicidade. Posteriormente, passará por higienização e guarda em embalagens especiais.

Já o acervo audiovisual deve ser preparado para migração para o meio eletrônico. “Vamos identificar os vídeos originais, únicos, considerados fonte primária”, salientou a assessora técnica do Arquivo Público, Márcia Doré. A expectativa é que o processo esteja concluído em 18 meses, com parte do acervo disponível na internet.

PORTOBRAS – O Arquivo Público também recebeu, recentemente, documentos referentes aos portos de Paranaguá e Antonina e que pertenciam à extinta Empresa Brasileira de Portos S.A. (Portobras). A inspetoria foi criada em 1975 e fechada em 1990.

Toda a documentação permanecia na sede da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em Paranaguá. São documentos relativos à construção dos silos de armazenagem e demais edificações, além de informações sobre os rios e dragagens.

“São documentos técnicos importantes”, destacou Márcia Doré. Segundo ela, o Arquivo Público foi informado da existência dos documentos, por meio da Comissão Setorial de Avaliação de Documentos da Appa, há cerca de três anos e começou o trâmite para trazê-los a Curitiba.

A documentação, que ocupa mais de 300 caixas-arquivo, passará pelo processo de higienização e por uma descrição que dê aos pesquisadores instrumentos mais eficazes para conhecer o conteúdo do acervo.

ARQUIVO – O Arquivo Público do Paraná foi criado pela Lei nº 33, sancionada pelo primeiro presidente da Província do Paraná, Conselheiro Zacarias de Góes e Vasconcellos, em 7 de abril de 1855,  com a finalidade de reunir a memória impressa sobre a história e a geografia do Estado. Desde essa época não pararam de chegar documentos. Alguns deles são anteriores mesmo ao período de criação, como o inventário de Balthazar Carrasco dos Reis, um dos fundadores de Curitiba, datado de 1697, o papel mais antigo do acervo.

Instalado na Rua dos Funcionários, 1.796, no Bairro Cabral, o Arquivo Público é aberto à visitação. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 13h30 às 17h30. Parte da documentação pode ser acessada pela internet no endereço www.arquivopublico.pr.gov.br.

Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=70063&tit=Acervo-documental-do-Teatro-Guaira-e-organizado-pelo-Arquivo-Publico

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O arquivista e o mercado de trabalho

A matéria sobre profissões em extinção de LarissaAlberti do IMP, com o título Profissões que estão acabando, publicada no Yahoo (disponível em: http://br.educacao.yahoo.net/conteudo.aspx?titulo=Profiss%C3%B5es+que+est%C3%A3o+acabando), de 2 de julho de 2012,  apresenta umalista de 20 profissões que até 2020 estarão extintas, entre elas a de arquivologista. A autora cita como fonte de informação a revistanorte-americana Forbes, ainda que não indique data, título e autor que teriaescrito o artigo sobre extinção das profissões nesse periódico.
Ao pesquisar no site da revista Forbes, foramencontradas as seguintes matérias de Jacquelyn Smith a respeito de profissões,carreiras e mercado de trabalho, que utiliza como fonte de informação os dadosdo Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos:
- Na matéria intitulada America's 10 Worst-Paying Sales Jobs (os 10 empregos mais mal pagos da América em 2012) são citadas as ocupações com piores salários em 2012 nos Estados Unidos: caixa, operador de telemarketing, agente de viagem, vendedor de porta em porta, jornaleiro, ente outros; (Disponível em:  http://www.forbes.com/sites/jacquelynsmith/2011/05/23/the-best-and-worst-paying-sales-jobs/)
Outra matéria apresenta os empregos que estão em crescimento e em declínio até 2020 nos Estados Unidos: The Jobs With the Brightest Future  (Disponível em: http://www.forbes.com/pictures/efkk45fmhd/the-jobs-with-darkest-future/#gallerycontent)
Nesta material é citado o relatório do U.S. Bureau of Labor Statistics que mostra os 10 empregos que mais crescem no mercado detrabalho e os 10 empregos cuja expectativa é de declínio acentuado no mercadode trabalho norte-americano.
Dentre as ocupações em declínio são citadas:fazendeiros, carteiros, cozinheiro de fast food, digitador, trabalhadores agrícolas.

- Existe também uma matéria de Jacquelyn Smith naqual são apresentadas aquelas carreiras cujos cursos de pós-graduação oferecem mais oportunidades de salário e de trabalho para os empregados e aquelas carreiras cujos cursos de pós-graduação oferecem menos oportunidades de salário e emprego. (Disponível em: http://www.forbes.com/sites/jacquelynsmith/2012/06/08/the-best-and-worst-masters-degrees-for-jobs-2/)
Nesta matéria é apresentada o curso de mestrado em biblioteconomia e  ciência da informação entre os 10 cursos de mestrado que oferecem menos oportunidades de salário e emprego nos Estados Unidos.
Cumpre esclarecer que em nenhuma das três matérias mencionadas foi encontrada a indicação da profissão de arquivista como uma profissão em extinção ou em declínio.
No Brasil, a profissão de arquivista tem crescido consideravelmente como é demonstrado pelo crescimento dos cursos de graduação,sendo que atualmente são em número de 15, bem como na criação do curso de mestrado profissional em arquivos na UNIRIO.
Em dezembro de 2011, o jornal O Fluminense publicou uma matéria sobre a profissão de arquivista e mercado de trabalho com o título “Carreira oferece variedade e quantidade de empregos e boa remuneração”. (Disponível em: http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/empregos-e-negocios/cresce-demanda-por-cursos-de-arquivologia).
Nesta matéria, de acordo com os próprios alunos e professores da Universidade Federal Fluminense e Universidade Federal do Estadodo Rio de Janeiro, são  destacadas as ofertas de empregos e salários nas áreas pública e privada, bem como a exigência das empresas em estabelecer procedimentos de gestão de documentos convencionais e digitais, o que favorece o crescimento na demanda por arquivistas capazes de organizar os acervos das organizações.
No Guia do estudante da Editora Abril, na matéria sobre bacharela do em Arquivologia, também é ressaltado que a crescente produção de documentos digitais e a necessidade de organização dos arquivos em formato digital também vem contribuindo para o aumento na procura por arquivistas.   Além disso, é enfatizado que a absorção dos arquivistas vem crescendo tanto nos grandes centros da região sudeste como também no Nordeste e, ainda, informa sobre as possibilidades de o arquivista atuar como profissional autônomo na forma de consultoria.  (Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/comunicacao-informacao/arquivologia-601958.shtml)
Este quadro, portanto, revela um crescimento na demanda do mercado de trabalho para o profissional arquivista ao contrário do que é mencionado na matéria do IMP, republicada no Yahoo.

Lucia Maria Velloso de Oliveira
Presidente da Associação dos ArquivistasBrasileiros (AAB)

Fonte: http://www.aab.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=391:o-arquivista-e-o-mercado-de-trabalho&catid=40:destaques

terça-feira, 24 de julho de 2012

Lei de Acesso é falha no registro de dados, diz coordenador do Arquivo Público de SP


 

A Lei de Acesso à Informação é falha no que diz respeito ao registro e armazenamento de dados, avalia o coordenador do Arquivo Público de São Paulo, Carlos Bacellar, também professor de História da USP e responsável por implementar a lei no Estado.
“Não adianta você querer dar acesso à informação se você não acha a informação, se ela está desorganizada, caótica, guardada em depósitos, em buracos. Em geral, os órgãos públicos reservam o pior lugar que eles têm para guardar os documentos”, diz, nesta entrevista ao Estado.
Segundo ele, o Arquivo Nacional, que deveria ser o grande ator do registro de informações, anda ausente. “Estou temeroso. Falta uma política mais incisiva nisso”.
Bacellar refuta a tese de que o mundo digital vá tornar mais barato e menos demorado o arquivamento dos dados.
“A informática parece ser uma panaceia para todos os problemas, mas ela é muito inconstante. Você faz um sistema hoje, começa a implementar, daqui a cinco anos ele já está velho. O software envelheceu, as máquinas envelheceram. Isso exige um investimento de renovação contínua”.
(Fernando Gallo)
Qual a avaliação do sr. sobre a Lei de Acesso à Informação no que diz respeito ao registro e armazenamento de arquivos?
Nesse quesito é falha. Praticamente não toca nesse assunto. Tem apenas uma menção a arquivo, mas absolutamente não fala de gestão documental. Isso é fundamental para a implementação da Lei de Acesso à Informação. Não adianta você querer dar acesso à informação se você não acha a informação, se ela está desorganizada, caótica, guardada em depósitos, em buracos. Em geral, os órgãos públicos reservam o pior lugar que têm para guardar os documentos. Nunca é um lugar nobre. A lei transforma a informação em um assunto nobre, mas o Estado – e eu falo genericamente, municípios, Estados e União – ainda não tem essa prática de guardar as informações em áreas nobres.
Por quê?
É uma tradição muito antiga. Se você falar com qualquer funcionário público antigo, ele sabe que trabalhar no arquivo era punição. Qualquer falta, quando cometia uma besteira, brigava com alguém, era mandado para o arquivo. Enterra no arquivo, larga no arquivo. Arquivo e protocolo são as áreas “patinho feio”. Ninguém quer trabalhar. Em geral é o pior lugar do prédio. O porão, a garagem suja, o sótão. E preservar os documentos nunca foi uma preocupação.
É cultural também? O brasileiro é indisciplinado para gerir a burocracia?
É cultural, com certeza. Você tem exemplos fora do Brasil de cuidado muito mais ostensivo com a documentação, de preservar a memória, a identidade nacional. Nós somos um país mais novo. É complexo. Em lugar nenhum você encontra uma política antiga ostensiva de preservação da memória. Já teve no passado. O Conselho Institucional de Arquivos, que é um órgão da Unesco, diz que o Brasil foi dos países pioneiros no tratamento de documentos na virada do século XIX para o XX. Aqui em São Paulo, o que o Washington Luis (presidente do Estado de São Paulo – 1920 a 1924 – e da República Velha – 1926 a 1930) fez pelos arquivos quando foi prefeito e quando foi governador foi muita coisa. Ele ajudou demais. Depois isso sumiu do horizonte das preocupações.
Qual a importância do registro e do armazenamento dos arquivos?
Esses documentos registram nossa história, o que o Estado fez ou deixou de fazer ao longo do tempo. É o testemunho da visão da História pela visão do Estado, que é uma visão particular. Não é a mesma visão que você vai ter com acervos privados, que têm outro tipo de documentação. Segundo, esses documentos preservam direitos do cidadão. Nós (do Arquivo Público de São Paulo) somos um órgão que funciona muito como um órgão cartorial. Diariamente recebemos dezenas de pedidos de certidões, que assino com fé pública, registrando direitos. É o sujeito que foi torturado no DOPS e quer um documento para pedir sua indenização, é o sujeito cujo avô tinha uma terra não sei onde e ele quer brigar na Justiça por ela, então pede a certidão da terra, é o fulano que o bisavô migrou e ele quer o passaporte italiano. E agora, com a Lei de Acesso, esses documentos atestam a ação do Estado.
Há uma crítica, que é do ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União, de que as agências reguladoras, à exceção da Aneel, não registram suas reuniões, não fazem atas, que, aliás, é um problema generalizado em todas as esferas de governo. O que precisa ser registrado para que o brasileiro conheça como os órgãos tomam suas decisões? As atas? As audiências dos seus altos dirigentes? O que é mais fundamental?
O mais simples é fazer atas. Aqui no Arquivo eu tenho essa mania. Toda reunião que a gente faz, a gente faz ata. Quero registrar as decisões que a gente toma. Se você tem um órgão com muitos representantes… pega o Conselho Nacional de Educação. Eu quero saber como essas pessoas votam. Do mesmo jeito que quero saber como meu deputado votou.
Com relação ao Legislativo isso é muito claro, mas parece que com o Executivo ainda não.
É. Mas é uma prática salutar. Quando você tem um coletivo reunido, saber as posições das pessoas, quem defende isso e quem defende aquilo. Uma versão majoritária ganhou, mas é bom saber quem votou a favor e quem foi contra e por quais razões. São homens públicos. Governam em nome da gente. A sociedade tem que ter essa satisfação. Mas é uma cultura complicada. A gente vai demorar muitos anos para implementar isso. Vai depender muito dos titulares dos cargos tomarem essa decisão.
Quais são os principais desafios para que a gente tenha uma política de gestão documental efetiva no país?
Acho que o desafio é político. É a decisão política de implementar essas mudanças todas. Há obstáculos técnicos, de dificuldades de achar informação. Por mais boa vontade que o governante tenha, às vezes não se acha uma informação porque os arquivos não estão organizados. Mas acho que é uma decisão política.
Se houver vontade política os obstáculos técnicos não serão tão grandes assim?
Claro. A documentação existe. É questão de se aplicar critérios. O que é sigiloso? Esse é um critério técnico e político. Não é só técnico. O governador vai analisar e dizer “isso eu quero que seja ultrassecreto” e justificar. Tem vários critérios que são políticos mesmo.
Do ponto de vista técnico o que é mais difícil de fazer? Digitalizar os arquivos que estão em papel? Iniciar um sistema de produção digital de documentos?
Tudo isso é complicado. Você imagina o volume de documentos que um Estado como São Paulo produz. É do tamanho da França, produz documentos aos milhões por ano. Você nunca consegue imaginar que o que existe em papel hoje vai ser digitalizado. Isso é uma ficção. Impossível. O que temos que fazer é implementar uma política de gestão desses documentos que possibilite que se separe o que tem valor daquilo que não tem para que aquilo possa ser consultado pela população.
Iniciar hoje um sistema digital de produção de documentos, com o avanço da tecnologia da informação, é menos custoso e menos demorado?
É demorado, sim. Informática é uma coisa difícil. Parece ser uma panaceia para todos os problemas, mas ela é muito inconstante. Você faz um sistema hoje, começa a implementar, daqui a cinco anos ele já está velho. O software envelheceu, as máquinas envelheceram. Isso exige um investimento de renovação contínua. Imagina que daqui a 100 anos você não tenha mais papel sendo produzido no Estado, que tudo seja digital. O que vai deixar de investir em tamanho de prédios para guardar essa massa de documentos, vai investir em volume de equipamentos de informática. Duvido que fique mais barato. Apenas muda o rumo do investimento. Imagina o seguinte: você tem mil terabytes de informação armazenada. O equipamento fica obsoleto, você troca. Se o software fica obsoleto, tem que migrar. Isso custa muito caro. A informática não barateia. Em termos de preservação, ela encarece.
O modelo ideal é aquele em que você produz, armazena e libera a informação eletronicamente?
O ideal é que você consiga ter, no mínimo, o gerenciamento eletrônico da informação. Isso dá não apenas uma agilidade no acesso à informação, mas de gestão dela. Se eu sou o governador e preciso de uma informação, aperto o botão e a recebo em segundos. “Alguém já fez um projeto sobre tal assunto?”. E aí descobre que em 2009 teve uma iniciativa na secretaria tal. A coisa que mais acontece nos governos hoje em dia é você descobrir iniciativas paralelas. O seu órgão fazendo uma coisa e o órgão de lá fazendo a mesma coisa porque não tem comunicação. Um sistema desse permite que você rastreie. Você levanta com palavras-chave e você acha as coisas. O digital veio e não dá para fugir. Tem várias vantagens que o físico, o manual não tem.
Como vai funcionar o SPDoc em São Paulo?
O cidadão vai saber, pelo número do protocolo dele, onde está o documento. É útil para ele e o Estado também vai usufruir disso. Vai conseguir rastrear, por exemplo, os gargalos. De repente você descobre que naquela etapa X o processo está enroscando. Tem que ficar cinco dias e está ficando 20. O que está acontecendo? Tem muito processo? Falta servidor pra atender? O próprio sistema vai permitir rastrear os gargalos e tentar eliminá-los.
Que impressão o sr. tem dos esforços que o governo federal está ou não fazendo com relação à gestão documental?
Fico um pouco temeroso. Não vejo, nas iniciativas apresentadas, grandes notícias, não.
O Executivo federal, das esferas, é o que está mais adiantado em relação à Lei de Acesso. Mas na parte de gestão documental o governo não parece ter feito esse mesmo esforço.
Não parece. Eles estão adiantados porque eles trabalharam na elaboração da lei, que foi pensada para ser uma lei para o governo federal. Não era uma lei nacional. No Senado ela foi mudada. A União já estava trabalhando nela há muito tempo. Por que a lei saiu e no dia seguinte tinha o e-SIC (serviço eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão do governo federal)? Porque eles trabalhavam nisso havia meses. E nós começamos a trabalhar no dia seguinte em que a lei saiu. Não podia trabalhar em cima de uma lei que não estava em vigor. Não estamos atrasados.
E no governo federal onde está o gargalo da gestão de documentos? No Arquivo Nacional?
É. Nos órgãos que seriam responsáveis por isso. O Arquivo Nacional e o próprio Conarq, que estabelece as políticas (Conselho Nacional de Arquivos). Falta uma política mais incisiva nisso.
No Brasil ou fora, quem é modelo em gestão documental?
Canadá, Austrália, a Espanha também tem uma tradição arquivística muito boa. Os países anglo-saxônicos são os mais desprendidos.
Como assim?
arquivo visa preservar só aquilo que tem valor para a posteridade. É sempre subjetivo. Tem uma máxima em arquivologia que diz que quem quer guardar tudo, não guarda nada. A diferença dos países latinos para os anglo-saxônicos é esse desprendimento. O Canadá trabalha com preservação de 5% dos papeis. A Austrália mira 1%.
Aqui em São Paulo a gente guarda quanto?
Não existe esse cálculo.
E o exemplo sueco?
A Suécia é um governo muito aberto. Inclusive os e-mails são de livre acesso à população. Nada que um governante faz é escondido da população.
Se o primeiro-ministro manda um e-mail…
A população pode acompanhar em tempo real. É fantástico. Isso é um sonho. A lei deles é de 1744. Infelizmente, em muitos lugares ainda há uma herança do Absolutismo. Eu sou o governo, eu. Eu me reúno com os meus assistentes e resolvo o que vai ser melhor.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/publicos/lei-de-acesso-e-falha-no-registro-de-dados-diz-coordenador-do-arquivo-publico-de-sp/

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Oferta de Bolsa para Iniciação Científica(UFPB)

Professor Guilherme Ataíde Dias:
Informa que durante esta semana estará entrevistando os alunos interessados no PIBIC 2012/2013. O PIBIC é uma oportunidade única para o desenvolvimento de futuros pesquisadores.

Vagas: 2
Tema: Propriedade Intelectual
Valor da Bolsa: R$ 400,00
Obs: Procurar o Professor pelo horário da Manhã no ambiente dos professores no CCSA nesta terça e quarta.



Trabalho Premiado no XVI ENEARQ - VITÓRIA 2012


O Blog Olhar Arquivístico Parabeniza a Aluna Priscila Zelo pelo Prêmio da Melhor Monografia com o Título: Dis (Funções) entre teoria e prática: necessidade Informacionais de sujeitos sociais em campo de estágio profissional. Priscila é aluna da Universidade Federal da Paraíba cursando o 7º período do curso de Arquivologia. Para a conclusão deste trabalho a aluna apresentou em 2010 formando-se em Arquivologia pela Universidade Estadual da Paraíba, quem a orientou foi o professor Dr.º José Washington de Morais Medeiros atual coordenador do curso de Arquivologia da UEPB.






quinta-feira, 19 de julho de 2012

Lei de Acesso é 1º passo para fim da corrupção, diz ministra do STJ, no ES

Eliana Calmon palestrou no Seminário Transparência e Controle.
Ministra defendeu a Lei de Acesso à Informação e a Lei da Ficha Limpa.

Amanda Monteiro Do G1 ES
 
A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, defendeu a Lei de Acesso à Informação e a Lei da Ficha Limpa como o primeiro passo para o fim da corrupção. Ela palestrou no Seminário Transparência e Controle, organizado pelo Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), em Vitória, na tarde desta quarta-feira (18).
"A Lei de Acesso à Informação é um grande instrumento para a transparência. E a transparência é uma ferramenta eficaz, faz com que sejamos vigiados aos olhos de todos. A Lei da Ficha Limpa mostra a força social, é uma conquista da cidadania brasileira. Sem a movimentação popular ela não seria aprovada. Não estamos perto do fim da corrupção, estamos começando a combatê-la. E com bastante discrição, até com bastante atraso. Mas o primeiro passo já foi dado", afirma Eliana Calmon.

Ministra palestrou no Seminário Transparência e Controle. (Foto: Amanda Monteiro/G1 ES)Ministra palestrou no Seminário Transparência e Controle. (Foto: Amanda Monteiro/G1 ES)
Eliana Calmon vê a corrupção como um mal globalizado, que atinge países capitalistas, socialistas e até mesmo os que têm legislações bastantes severas, como os muçulmanos. A ministra reforçou a importância da participação ativa da sociedade para eficácia dos mecanismos de combate à corrupção. "A sociedade é o primeiro mecanismo de controle externo. É através da sociedade que há a sensibilidade das elites políticas, elas se nutrem da participação popular. A sociedade deve participar através das redes sociais, das denúncias, das idas até o Ministério Público", diz.
A corregedora defende uma reforma penal, para que os corruptos sejam de fato penalizados. "Se nós não corrigirmos o sistema penal, estaremos sempre em débito. Se não alimentarmos o sistema social, com escola, emprego, comida, nunca teremos um sistema carcerário adequado", afirma.

Ela também defende uma reforma política, no que tange a revisão dos financiamentos de campanha. "No dia que nós conseguíssemos fazer uma reforma política, disciplinar devidamente a questão dos financiamentos de campanha, daríamos um golpe mortal nas empreiteiras desse país, que são as grandes financiadoras. O financiamento público, sem dúvida, é uma solução se for bem direcionado e bem organizado, com participação forte do Tribunal de Contas para direcionar isso. Ou até um sistema misto, de público com segmentos da sociedade civil, mas devidamente esclarecido, que fosse claro o que se poderia fazer com esse financiamento da sociedade civil".
'Vou correr atrás dos bandidos que estão escondidos atrás da toga'
Em seus últimos meses de mandato, Eliana Calmon avalia sua gestão como conturbada e positiva. "Eu inovei e fico feliz porque uma coisa aconteceu no meio judiciário: a publicidade. E, com a publicidade, o povo brasileiro começou a falar do poder Judiciário, que não falava. Começou a contar casos. A imprensa perdeu o medo do Judiciário. Essas duas coisas vieram com a publicização que eu dei do que estava nas entranhas, que estava ocultado. E, antes de sair, vou correr atrás dos últimos bandidos que estão escondidos atrás da toga", afirma a corregedora.

Eliana Calmon avalia sua gestão como conturbada e positiva. (Foto: Amanda Monteiro/G1 ES)Eliana Calmon avalia sua gestão como conturbada e positiva. (Foto: Amanda Monteiro/G1 ES)

Fonte: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2012/07/lei-de-acesso-e-1-passo-para-fim-da-corrupcao-diz-ministra-do-stj-no-es.html

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Abertas as inscrições para a 4ª edição do curso "Rumo a uma cultura de acesso à informação: a Lei 12.527/2011"

Estão abertas as inscrições para a 4ª edição do curso "Rumo a uma cultura de acesso à informação: a Lei 12.527/2011". No momento este curso está sendo ofertado apenas para Servidores Públicos do Poder Executivo Federal e Empregados Públicos. A Equipe da CGU está desenvolvendo uma versão que será ofertada, em breve, para os demais servidores públicos e para a sociedade.
Dúvidas poderão sanadas por meio do endereço eletrônico escolavirtual.suporte@cgu.gov.br

Instruções para Inscrição: https://escolavirtual.cgu.gov.br/ead/mod/page/view.php?id=1139&inpopup=1
Fonte: https://escolavirtual.cgu.gov.br/ead/

terça-feira, 17 de julho de 2012

Fotos da Abertura do XVI ENEARQ

















  Abertura oficial do XVI ENEARQ Mesa de abertura.



 XVI ENEARQ - Lançamento do livro Memórias Silenciadas com o autor Pedro Ernesto Fagundes

Leandra e Charlley Luz(autor do Livrto Arquivologia 2.0)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Resumos Aprovados do V CNA - Congresso Nacional de Arquivologia


Confira os aprovados no link: http://www.enara.org.br/cna2012/Resumosaprovados.pdf

A todos Parabéns!
João Paulo

2° Encontro Docomomo-Rio

A realização do 2° Encontro Docomomo-Rio com a temática de “Arquivos de Arquitetura Moderna: acervos
e fontes para a preservação do patrimônio fluminense”, representa uma iniciativa em envolver
pesquisadores e técnicos de instituições detentoras de acervos de arquitetura moderna, sediadas no estado
do Rio de Janeiro, no debate da construção de uma política de preservação e gestão desses importantes
documentos para a pesquisa.
O encontro ocorrerá na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), no bairro do Flamengo, na cidade do
Rio de Janeiro. Serão realizadas mesas redondas e conferências que ocorrerão no auditório da sede desse
órgão representativo dos arquitetos e urbanistas do Rio de Janeiro no dia 28 de setembro. No salão de
exposições serão apresentados trabalhos (na forma de pôsteres) de estudantes e profissionais sobre a
temática do evento, e que concorrerão à premiação: “Patrimônio moderno fluminense: documentação e
conservação”. No dia 29 de setembro, saindo da sede do IAB, será realizado o mo.mo.tur, uma visita guiada
a coleções de edificações modernistas no Parque do Aterro do Flamengo.
A secretaria do evento está sendo realizada pelo Comitê Docomomo do Núcleo Rio.

CHAMADA DE TRABALHOS
A submissão de trabalhos científicos, relacionados aos temas do encontro, está aberta para profissionais,
pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação. Os interessados em apresentar suas
pesquisas deverão encaminhar suas propostas no formato de pôster (digital) para o e-mail
docomomo.rio.br@gmail.com.
Após a seleção por um comitê científico, as propostas selecionadas serão comunicadas por e-mail e
expostas durante o evento. A responsabilidade e os custos da impressão estão a cargo dos autores. Dessa
maneira, pretende-se estimular o corpo de técnicos e os alunos dos cursos de pós-graduação vinculados às
instituições parceiras para divulgarem suas pesquisas e estudos.
O comitê científico do evento será formado por profissionais de instituições de pesquisa que abrigam
acervos técnicos e científicos. O comitê fará a seleção de trabalhos a partir das propostas encaminhadas
pela secretaria do evento.
O parecer dos avaliadores deverá levar em consideração a relevância científica do assunto, a originalidade
do estudo, a clareza e coerência do título e do conteúdo, a abordagem pertinente da temática e, por fim, o
enquadramento do resumo na linha proposta pelo encontro. Por fim, só serão aceitos trabalhos submetidos
seguindo essas normas e respeitando os prazos pré-estabelecidos disponíveis no site oficial do evento.

FORMATO DAS PROPOSTAS
01 Prancha de 0,90m (largura) x 1,50m (altura). Nas propostas encaminhadas deverão constar as
identificações dos autores (nome, instituição e e-mail de contato). Deve ser reservado um espaço no
cabeçalho para o logo do evento (0,90m x 0,20m). O número de imagens é livre.

DATAS
Submissão das propostas: até 30 de julho de 2012
Comunicação de aceite: 20 de agosto de 2012

COMISSÃO CIENTÍFICA
Ana Albano Amora (FAU/UFRJ)
Cêça Guimaraens (PROARQ/FAU/UFRJ)
Helio Herbst (UFRRJ)
Inês El-Jaick Andrade (FIOCRUZ)
Luiz Felipe Machado (EAU-UFF)
Maria Helena Rohe Salomon (CAU- Centro de Arquitetura e Urbanismo da PCRJ)
Marlice Azevedo (EAU-UFF)
Renato Gama Rosa (FIOCRUZ)

INSCRIÇÕES
As inscrições para ouvinte no evento já estão abertas. Os interessados devem encaminhar a ficha de
inscrição do evento preenchida juntamente com o comprovante de depósito bancário.
Pesquisador/Profissional não associado: R$ 120,00
Estudante de Pós-graduação não associado: R$ 100,00
Estudante de graduação não associado: R$ 60,00
Pesquisador/Profissional Associado: R$ 100,00
Estudante de Pós-graduação Associado: R$ 60,00
Estudante de graduação Associado: R$ 30,00
Banco do Brasil
Agência 4220-x
Conta: 16592-1

COMISSÃO ORGANIZADORA
Cêça Guimaraens (PROARQ/FAU/UFRJ)
Luiz Felipe Machado (EAU/UFF)
Ana Albano Amora (PROARQ/FAU/UFRJ)
Inês El-Jaick Andrade (DPH/COC/FIOCRUZ)

Fonte: http://www.docomomo.org.br/docomemos/Retificacao-Chamada-2EncontroDocomomo.pdfhttp://www.docomomo.org.br/docomemos/Retificacao-Chamada-2EncontroDocomomo.pdf

Começou o XVI ENEARQ - Encontro Nacional dos Estudantes de Arquivologia



O Encontro Nacional dos Estudantes de Arquivologia (ENEARQ) é um encontro organizado pela Executiva Nacional dos Estudantes do Brasil (ENEA) com a participação dos Centros e Diretórios Acadêmicos de Arquivologia das universidades brasileiras. O encontro tem por objetivo reunir estudantes dos cursos de Arquivologia em torno de problemáticas ligadas ao desenvolvimento científico e prático do estudante de Arquivologia, além da formação do futuro Profissional Arquivista, e dos possíveis espaços de dialogo do arquivista com a sociedade, debatendo as novas tendências da Arquivologia e da Tecnologia, aliando-as aos aspectos sociais, políticos e econômicos da realidade brasileira.   

Fonte: http://enearq2012.blogspot.com.br/

Órgãos federais negam 10% dos pedidos de acesso à informação, diz CGU

Nos dois primeiros meses da Lei de Acesso à Informação, cerca de 10% das 14 mil respostas a pedidos feitos por meio do site da CGU (Controladoria-Geral da União) foram negadas por órgãos públicos federais.
O balanço foi divulgado durante um debate sobre o tema no 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), que terminou no sábado (14) em São Paulo.
O percentual de negativas a pedidos foi considerado pequeno pela CGU, assim como o tempo médio de resposta às solicitações, que ficou em nove dias e meio, abaixo do prazo previsto na lei (20 dias, prorrogável por mais dez).
"Podemos dizer, nesse caso, que o copo está mais cheio do que vazio", afirmou Vânia Vieira, procuradora federal e diretora de prevenção à corrupção da CGU.
No balanço do órgão, foram considerados os 14.311 pedidos respondidos até o início da tarde de sexta-feira -a demanda total encaminhada aos órgãos públicos pelo site foi de 16.960 pedidos e os que ainda não responderam ainda estão no prazo.
Dados 'pessoais' ou 'sigilosos'
Do universo de respostas dos órgãos públicos, 1.370 foram negativas, ou aproximadamente 1 em cada 10 respostas. Entre os motivos expostos nas negativas, os órgãos responderam, entre outros argumentos, que os dados requisitados eram "pessoais" ou "sigilosos".
"Eventualmente, na resistência de um órgão em passar informação, a discussão vai ter de ir para a Justiça", afirma a procuradora.
Além das negativas, também constaram 1.130 (7,9%) respostas com justificativas ao não atendimento dos pedidos -casos, por exemplo, em que o pedido feito não era da competência do órgão para o qual foi encaminhado.

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=342022&modulo=964&origem=ultimahora-wide

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Inscrições abertas para o 16° Curso de Preservação de Acervos



Estão abertas as inscrições para o 16º Curso Informativo de Preservação de Acervos Bibliográficos e Documentais, a ser realizado entre os dias 27 e 31 de agosto de 2012, e será ministrado em duas etapas. O curso começa com uma série de palestras técnicas com renomados especialistas, como Jayme Spinelli, Coordenador de Preservação na Biblioteca Nacional desde 1998, Ivan Coelho de Sá, Diretor da Escola de Museologia da UNIRIO, Solange Sette Garcia de Zúñiga, Mestre em Biblioteconomia pela Universidade de Columbia - NovaYork, entre muitos outros. A segunda etapa consiste de visitas a museus, galerias e centros culturais do Rio de Janeiro além de estudos de casos no Centro de Conservação e Encadernação/CCE e no Laboratório de Restauração/LR da Coordenadoria de Preservação/ COP. Ao todo serão disponibilizadas 70 vagas. 

O investimento é de trezentos e cinquenta reais (350,00) e o depósito deve ser feito à Fundação Miguel de Cervantes, CNPJ 05214413/0001-92 – Banco Santander, Agência 3140, Conta Corrente 13000424-2, Endereço: Av. Rio Branco, 219, Centro, Rio de Janeiro, CEP 20.040-008. Para confirmar a participação no curso o candidato deverá enviar o comprovante do depósito e a ficha de inscrição devidamente preenchida através do fax (21) 3095-3831 ou pelo e-mail preserve@bn.br. 

Confira aqui a programação completa do curso.

Acesse aqui a ficha de inscrição. 

Os inscritos receberão um CD com textos técnicos e o certificado de participação no curso.

Mais informações com a Coordenadoria de Preservação pelos telefones  (21) 2220-1973  ou  (21) 3095-3830 .
 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

No Brasil, transparência é vista como vulnerabilidade

Por Victor Martins Pimenta

Entrou em vigor em maio desse ano a Lei 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso a Informação, publicada em novembro do ano passado com prazo de seis meses para o poder público se adequar às novas exigências. A Lei 12.528/2011, que prevê a criação da Comissão da Verdade, foi também publicada em novembro de 2011, mas teve sua eficácia limitada até maio de 2012. Somente naquele mês a Presidenta Dilma Rousseff publicou decreto indicando nomes para composição da Comissão Nacional da Verdade, responsável por examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticados por agentes do Estado entre os anos de 1946 e 1988.
Como facilmente notamos, não é por acaso que as duas ações se casam no tempo e que as leis foram promulgadas em sequência. Comissão da Verdade e Lei de Acesso à Informação são uma coisa só, as duas faces da mesma moeda. Uma iniciativa caminha no sentido do resgate da memória histórica do país, permitindo a compreensão sobre tristes episódios que foram propositadamente varridos para debaixo do tapete e ali mantidos durante décadas. A outra ilumina passado e presente estabelecendo procedimentos para que os cidadãos acessem informações públicas e para que agentes públicos divulguem essas informações, trazendo limites e parâmetros mais rígidos e bem definidos para a declaração do sigilo. Juntas, elas cimentam a noção de que sem informação não é possível o pleno exercício da cidadania, sendo a transparência e a prestação de contas dever do poder público, e não mais favor episódico dos dirigentes de plantão, ao sabor de sua conveniência. Nesse contexto, a accountability se fortalece como mandamento legal, internalizando no processo político e social brasileiro noções que antes encontravam maiores ecos apenas em debates acadêmicos sobre ciência política ou princípios jurídicos.
Entrando no segundo mês da plena vigência formal da Comissão da Verdade e da Lei de Acesso à Informação, uma série de obstáculos são postos à sua efetividade material. Já é senso comum no país não basta a publicação no Diário Oficial, para valer de fato as leis também precisam “pegar”. Nesse desafio, além da conhecida falta de preparo dos órgãos públicos para adequar sua gestão e seus fluxos internos às demandas da sociedade emergentes pelos instrumentos criados, há forte resistência de instituições historicamente fundadas na cultura do sigilo para se converter aos ventos impostos pelas novas leis.
Resistência que se mostra, não sem certa surpresa, em associações de servidores se manifestando contra a publicização de dados que, a rigor, são públicos por sua própria natureza. Remuneração de servidores públicos e agentes políticos são informações de cristalino interesse público, devendo ser disponibilizadas da maneira mais clara e transparente possível, permitindo ao cidadão cobrar dos servidores públicos — de todos coletivamente e de cada um individualmente — serviços à altura da remuneração que recebem. Essa nitidez resultará certamente em maior cobrança em relação a diversas categorias, mas também permitirá a sensibilização da sociedade para pautas salariais necessárias à qualificação dos serviços prestados, a exemplo dos baixos salários pagos a servidores da União do chamado Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, o que resulta em déficit de implementação de políticas públicas levadas a cabo pelo Governo Federal.
Vê-se a mesma resistência à transparência em determinados segmentos militares que parecem fazer de tudo para impedir o pleno exercício dos misteres atribuídos à Comissão Nacional da Verdade, sob o argumento de que a reconciliação nacional se completou no processo da redemocratização e que a iniciativa do Governo Federal teria contornos de revanchismo. Busca-se, com isso, manter nos porões da ditadura a verdade que a História exige resgatar, permitindo que sejam ainda celebrados banquetes em solidariedade a torturadores, como aquele realizado em 2006 com presença de centenas de oficiais militares de alta patente, para homenagear ex-comandante do DOI-Codi acusado de ser um dos maiores torturadores da Ditadura Militar brasileira. Esse triste passado, se documentado, relatado e publicizado como se pretende com a comissão criada, impedirá que tais desatinos voltem a ocorrer, evitando manchar o presente das Forças Armadas do Brasil com os crimes cometidos no passado.
Daí que soa estranho quando avanços como Comissão da Verdade e Lei de Acesso à Informação são enxergados com tantas ressalvas, noticiados com tamanho desencorajamento. Acaba tornando inevitável a pergunta: quem terá tanto medo assim da verdade? Supomos várias respostas, mas nenhuma é novidade para o Brasil. Onde informação sempre foi sinônimo de poder, transparência é vista como vulnerabilidade.

Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-jul-11/victor-pimenta-brasil-transparencia-vista-vulnerabilidade

Dilma veta garantia de efeitos jurídicos para documentos digitalizados


Rodrigo Chia

A presidente Dilma Rousseff vetou a equiparação, para fins probatórios, dos documentos digitalizados aos seus originais. Dilma sancionou projeto tratando da elaboração e do arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos, na forma da Lei 12.682/2012, mas rejeitou todos os artigos que garantiam o mesmo efeito jurídico aos documentos digitalizados.
De acordo com o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 11/2007, da então deputada Angela Guadagnin (PT-SP), o documento digital e sua reprodução teriam “o mesmo valor probatório do documento original, para todos os fins de direito”. A proposta também garantia aos documentos digitalizados o mesmo efeito jurídico conferido aos documentos microfilmados.
Na fundamentação dos vetos, com base em parecer do Ministério da Justiça, a presidente afirma que “ao regular a produção de efeitos jurídicos dos documentos resultantes do processo de digitalização de forma distinta, os dispositivos ensejariam insegurança jurídica”. Além disso, Dilma destaca que o projeto trata de forma assistemática os conceitos de “documento digital”, “documento digitalizado” e “documento original”.
A presidente vetou, ainda, artigos que autorizavam a eliminação de documentos originais e em forma eletrônica, com ressalva para os considerados de valor histórico. Essa previsão, segundo Dilma, não observa o procedimento previsto na legislação arquivística.
Com os vetos, a lei apenas exige que o processo de digitalização empregue certificado digital emitido de acordo com a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e que empresas privadas e órgãos públicos adotem sistema de indexação para permitir a conferência da regularidade dos documentos.

Fonte: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2012/07/10/dilma-veta-garantia-de-efeitos-juridicos-para-documentos-digitalizados

Lei de Acesso à Informação muda relação do brasileiro com sua história

Em vigor há apenas 45 dias, a Lei de Acesso à Informação colocou à disposição dos brasileiros muitos documentos reveladores da história recente do país. E há previsão de outros, como os que integram o acervo do Estado Maior das Forças armadas sejam abertos nos próximos dias. São informações secretas que mofavam nos arquivos de órgãos de inteligência. Mesmo documentos que estavam em arquivos públicos, apenas para consultas restritas, agora podem ser acessados.

Brasília - A Lei de Acesso à Informação está mudando a forma do brasileiro se relacionar com sua própria história. Desde que entrou em vigor, em 17/5, já proporcionou o acesso a registros históricos que, em muitos casos, poucos suspeitavam sequer que existiam. No Arquivo Nacional, encontram-se à disposição dos interessados os documentos secretos e ultrassecretos do extinto Sistema Nacional de Informações e Contrainformação (SISNI), incluindo os serviços de inteligências da Forças Armadas, da Polícia Federal e de ministérios e outros órgãos do governo, como o Itamaraty.

Desde a manhã desta segunda (2), também está disponível a base de dados da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), criada pelo ex-presidente Collor de Mello, em 1990, para substituir o Serviço Nacional de Inteligência (SNI), o temível órgão de inteligência da Ditadura Militar, idealizado pelo general Golbery do Couto e Silva. A SAE funcionou até 1999, quando foi criada a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). E, embora tenha sido criada e extinta durante o regime democrático, herdou práticas de arapongagem da ditadura militar, colocando sob sua mira figuras emblemáticas, especialmente, para a esquerda brasileira.

Relegada a categoria de secretaria, a SAE não tinha o mesmo status do seu antecessor, o SNI, ligado à presidência da república, e que, mesmo durante o governo de transição do ex-presidente José Sarney, continuou monitorando esquerdistas, realizando escutas ilegais e operações clandestinas. Perdeu quadros, força e influência. Passou a ser comandado por civis. Voltou a ganhar peso com sua remilitarização, a partir de 1992, já no governo de Itamar Franco, que assumiu a presidência da república após o impeachment de Collor.

Em até 30 dias, será aberto à consulta pública o acervo do extinto Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), que funcionou entre 1946 e 1999, antes da criação do Ministério da Defesa. São 37 volumes de documentos considerados secretos e ultrassecretos, além de 52 volumes de boletins reservados: correspondências entre autoridades militares e civis do governo brasileiro ou entre integrantes do governo e representantes de outros países sobre temas relacionados à defesa, segurança nacional e cooperação internacional, além de relatórios sobre a conjuntura política nacional e internacional.

Acesso amplo e irrestrito
Desde o dia 18/6, já está permitido o acesso irrestrito aos acervos do próprio SNI e dos demais órgãos que compunham o SISNI. São dossiês pessoais dos considerados “subversivos” e de organizações de esquerda, como partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais, igrejas, universidades e movimento estudantil, além de informações sobre prisões, mortes, tortura, repressão à guerrilha urbana e rural, entre outros.

Parte desses documentos já podia ser consultada desde 2005, de forma bastante restrita. No caso dos dossiês pessoais, apenas com autorização da própria pessoa ou de seus familiares. Nos documentos mais gerais, todos os nomes citados eram devidamente apagados. Por isso, grande parte dos documentos ainda é inédita para o público. Eles revelam, por exemplo, como se dava a infiltração dos agentes do regime dentro das universidades públicas ou mesmo a relação da ditadura com a política indigenista que dizimou aldeias inteiras de índios.

Há também os documentos produzidos pelo Centro de Informações do Exterior (Ciex), serviço de inteligência criado pelo Itamaraty em 1966 para monitorar os passos dos brasileiros tidos como “subversivos” no exterior e, da mesma forma, os dos estrangeiros no Brasil. Mostram o pioneirismo brasileiro na articulação da Operação Condor, criada pelas ditaduras da América Latina para a troca não apenas de informações, mas também de militantes estrangeiros nos países envolvidos.

Balanço
No primeiro mês de vigência da Lei de Acesso, o governo recebeu 10,4 mil pedidos d.e informações. De acordo com balanço da Controladoria Geral da União (CGU), mais de 70% foram respondidas, a maioria antes do prazo. Das respondidas, 82% atenderam ao pedido; 10% negaram e, em 7% dos casos, não se tratava da competência do órgão.

Para pedir informação aos órgãos de governo, acesse http://www.acessoainformacao.gov.br/acessoainformacaogov

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20511

terça-feira, 10 de julho de 2012

Oferta de Bolsa para Consultor - Graduado em Arquivologia


Prezados

A Fundação Joaquim Nabuco e a Unesco estão oferecendo uma bolsa para graduado em arquivologia ou biblioteconomia com experiência em gestão documental para trabalhar como consultor na Fundação Joaquim Nabuco-MEC, no período de agosto de 2012 a janeiro de 2012.
Os interessados deverão enviar o CV do dia 09/07/2012 até o dia 13/07/2012 no MODELO PADRÃO DO MEC (anexo disponível em www.fundaj.gov.br- Projeto Fundaj-UNESCO) para o e-mail edital_prodocfundaj@fundaj.gov.br, indicando, obrigatoriamente, o número do Edital e o nome do perfil em que se candidata, sob pena de desclassificação. Serão desconsiderados os CV remetidos após a data limite indicada neste edital. O Processo seletivo tem validade de 12 (doze) meses. O Edital, Termos de Referência, e o Plano de Ação da Fundaj para o PNE (documento de referência para os trabalhos a serem contratados no âmbito deste Projeto), estarão disponíveis no site da Fundaj www.fundaj.gov.br - Projeto Fundaj-UNESCO
  

Cibele Barbosa
Coordenadora de Documentação e Pesquisas Históricas
Fundação Joaquim Nabuco/MEC
Tel: 81 30736549